tag:blogger.com,1999:blog-27224700684520219852024-02-19T03:32:20.147-08:00CristiadaSomos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-64561936674362791472013-06-09T13:36:00.003-07:002013-06-09T13:36:26.382-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWUDMgvNyciT5vcYOyxqBU0tZ_YZgANebr9semv9yaTi6ygi_OjBuJRpszFT1aeOZDg7MDVNyVRpj21EO2uno7z2Z75VQN8uGC5UH8CS3DU_N6XB2TaFN-NvalHckoJ4NXJ129GkG1WjE/s1600/capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWUDMgvNyciT5vcYOyxqBU0tZ_YZgANebr9semv9yaTi6ygi_OjBuJRpszFT1aeOZDg7MDVNyVRpj21EO2uno7z2Z75VQN8uGC5UH8CS3DU_N6XB2TaFN-NvalHckoJ4NXJ129GkG1WjE/s640/capa.jpg" width="451" /></a></div>
<br />Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-68044924348877927372013-06-09T13:26:00.002-07:002013-06-09T13:33:17.862-07:00EDITORIAL<div class="MsoBodyText">
<div style="text-align: justify;">
Dias terríveis vivemos. Parece até que chegamos à última crise de que falava Blanc de SAINT-BONNET, o grande pensador católico do século XIX. Já não há convicções, já não há princípios que defender. </div>
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Os homens de boa vontade, debalde se perguntam onde está a verdade. Tudo é objeto de discussão e nada se sustenta diante do império da opinião: eis o princípio em que se assenta a decantada e aureolada democracia. Daí a análise acertada de Jean MADIRAN: “<i>Data terrível na história do mundo moderno aquela em que os homens decidiram que, doravante, a lei seria a expressão da vontade geral, quer dizer, a expressão da vontade dos homens; o dia em que os homens decidiram dar a si mesmos sua lei; o dia em que declinaram no plural o pecado original. Pecado fundamental, rebelião essencial pela qual o homem quer dar a si mesmo sua lei moral, afastando a que havia recebido de Deus. Em 1789 esta apostasia se fez coletiva. Se converteu no fundamento do direito político. A democracia moderna é a democracia clássica em estado de pecado mortal”.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
A partir de então, se uma maioria decide que o círculo é quadrado e que o roubo é uma virtude, não nos resta senão adequarmo-nos à lei, pois, afinal, ela é a expressão da vontade geral, da vontade do povo. Frente a ela nada resiste. Como dizia o insuspeito Albert CAMUS no princípio de seu livro O homem revoltado: “Se nada é verdadeiro nem falso, bom ou mau, a regra será mostrar-se o mais eficaz, quer dizer, o mais forte”. Um agnóstico como Charles MAURRAS, soube prognosticar com agudeza: “sem a unidade divina e suas conseqüências de disciplina e de dogma, a unidade mental, a unidade moral, a unidade política desaparecem ao mesmo tempo: não se podem recobrar sem que se restabeleça a unidade primeira. Sem Deus, não existe o verdadeiro, nem o falso, nem o direito, nem a lei. Sem Deus, uma lógica rigorosa equipara a pior das loucuras às razões mais perfeitas”. João Paulo II dizia – não sem razão – que <i>“a verdade não pode ter como medida a opinião da maioria”</i>; mas que fazer se a “opinião” é o próprio fundamento da democracia como a entenderam os revolucionários de 1789? Com efeito, o pluralismo ideológico – corolário dessa mesma democracia – colocou sobre a agenda da justiça a tarefa de proclamar os critérios morais da sociedade e assim – como acentua o jurista espanhol Antonio LÓPEZ PINA –<i> “os tribunais constitucionais substituíram as igrejas na tarefa de definir os parâmetros morais da cultura”. </i>É o que fez o STF ao reconhecer a “união estável” entre homossexuais e declarar a morte jurídica dos pequeninos seres que padecerem de anencefalia. Hoje não se crê em nada e a ausência do tribunal do Senhor no foro íntimo se testemunha pelo caráter terrífico de nossas instituições políticas, como assinala Rubén CALDERÓN BOUCHET. Nunca houve na história tão boas intenções e pretextos justiceiros. Nunca o poderoso foi mais egoísta e brutal e o pobre mais ressentido e invejoso. Mais direitos do homem, da mulher e do animal. Nunca se massacrou tanta gente com mais frieza e com mais falta de sentimentos humanitários. É interessante notar a sincronia de ação com que os grupos abortistas atuam em todo o mundo em sua obstinada e perversa luta pela legalização da matança dos pequeninos no ventre materno. Hoje se fala dos chamados “direitos trágicos de uma sociedade desestruturada”, que sancionam condutas alheias a toda coação social e política (liberdade negativa, considerada a única forma de liberdade verdadeira). Não é isso que vemos no Programa Nacional de Direitos Humanos-3 (PNDH-3) e no atual Projeto de Código Penal que tramita no Senado?</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Vivemos, pois, uma época de “desligação” – de ausência de vínculos, raízes, laços – época que padece da ausência de fundamentos, que tem como conseqüência a perda da saúde espiritual. Esta enfermidade do espírito é como a anemia profunda de que fala George BERNANOS: </span><i style="font-family: inherit;">“O sintoma mais geral dessa anemia espiritual, constatarei com segurança: a indiferença ante a verdade e a mentira (...)”</i><span style="font-family: inherit;">. E acrescenta: </span><i style="font-family: inherit;">“Essa indiferença oculta, melhor, um cansaço, uma espécie de asco da faculdade de julgar. Mas a faculdade de julgar não pode exercitar-se sem certo compromisso interior. Quem julga se compromete. O homem moderno já não se compromete por que já não tem nada que comprometer”.</i><span style="font-family: inherit;"> Em sua Carta ao General X, não evocava Antoine de SAINT-EXUPÉRY esse </span><i style="font-family: inherit;">“gado doce, educado e tranqüilo, extraordinariamente bem castrado”</i><span style="font-family: inherit;">?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Hoje compreendemos melhor as palavras de Nossa Senhora em La Sallete no ano de 1846: <i>“Os governantes civis terão todos um mesmo objetivo, que consistirá em abolir e fazer desaparecer todo princípio religioso para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo e a toda espécie de vícios”.</i> No entanto, é necessário lembrar o que disse o Padre Henri RAMIÈRE, apóstolo eminente do ideal de Cristo Rei: <i>“A sociedade depois de ter seus fundamentos morais gradualmente minados pelo egoísmo, em vez de se expandir sem cessar e fortalecer, desmorona-se e cai numa ruína completa. Sucedeu, quase sempre, que os responsáveis pela construção recusaram a influência salutar da Igreja”.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;"><i><b>Fernando Rodrigues Batista</b></i></span></div>
</div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-16040623081258068132013-06-09T13:12:00.001-07:002013-06-09T13:37:33.195-07:00O GOL CONTRA DO ESTATUTO DO NASCITURO: (Versão atual do projeto pode reforçar a doutrina do aborto “legal”)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRalQ2S42qIvToNbceR9wv5epn5sPjiQYfDu5iBxoDDSh5EukNdgubieCrCwsBimzc0rusqTTJa4vrAuOL2OBqv5x8EPjZGBmOViTPAbU3aENusL8cR7KRNkakdlvfDIKfkQkykrX0r70/s1600/nascituro1-268x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRalQ2S42qIvToNbceR9wv5epn5sPjiQYfDu5iBxoDDSh5EukNdgubieCrCwsBimzc0rusqTTJa4vrAuOL2OBqv5x8EPjZGBmOViTPAbU3aENusL8cR7KRNkakdlvfDIKfkQkykrX0r70/s1600/nascituro1-268x300.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bodoni MT","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 120%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Bodoni MT","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 120%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">O Estatuto do Nascituro (Projeto de Lei 478/2007) foi elaborado com a intenção de proteger a criança por nascer (o nascituro) e afastar definitivamente de nosso país o fantasma do aborto. O texto original, apresentado pelo Pró-Vida de Anápolis em 2004, sofreu um grande empobrecimento:</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">a) Foi excluída a proteção penal prevista para o nascituro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">b) Foi excluída também a importantíssima afirmação de que o nascituro é pessoa, conforme estabelecido no Pacto de São José da Costa Rica. Sem o reconhecimento explícito da personalidade do nascituro, os direitos a ele atribuídos serão interpretados como meras “expectativas de direitos”, como hoje fazem tantos doutrinadores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">c) Mas o pior de tudo é que a atual versão é capaz de fortalecer a opinião (falsa) de que no Brasil o aborto é “legal” quando a gravidez resulta de estupro (art. 128, II, CP).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A tragédia ocorreu em 19/05/2010, quando o PL 478/2007 estava em votação na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados. O que estava em votação era a versão – já bastante empobrecida – do substitutivo apresentado pela relatora deputada Solange Almeida (PMDB/RJ). Os abortistas argumentaram que o artigo 13 do substitutivo, ao oferecer proteção e assistência ao nascituro concebido em um estupro, iria extinguir o (suposto) “aborto legal” (art. 128, II, CP) no país.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Seria de se esperar que os deputados pró-vida replicassem que no Brasil não existe “aborto legal” a ser extinto. Se estivessem juridicamente preparados para o debate, eles explicariam aos adversários que o Código Penal não “permite” (nem poderia permitir) o aborto em caso algum; apenas deixa de aplicar a pena ao criminoso se o crime já foi consumado1. O despreparo dos pró-vida, porém, era completo. Foi desolador presenciar como eles</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">• concordaram que o aborto legal existe (!)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">• e afirmaram veementemente que o Estatuto do Nascituro não revogaria esse “direito” de abortar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Nessa partida de futebol em que todos chutavam para todos os lados, acabou ocorrendo um gol, mas um “gol contra”. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), com a intenção de acalmar a discussão, sugeriu à relatora que fizesse uma “complementação de voto” a fim de assegurar que o Estatuto do Nascituro não revogaria o suposto aborto “legal” contido no artigo 128, II do Código Penal. Solange Almeida (PMDB/RJ) aceitou a proposta. Fez uma complementação de voto a fim de assegurar – pasmem! – que os direitos do nascituro concebido em um estupro (art. 13 da proposta) não extinguiriam o suposto direito de o médico matá-lo! Os direitos do bebê foram mantidos, porém, “ressalvados (sic) o disposto no Art. 128 do Código Penal Brasileiro”. Esse deplorável enxerto, tremendo gol contra feito pelos pró-vida, foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família naquela sessão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A proposta está agora para ser votada na Comissão de Finanças e Tributação, tendo como relator o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). O relator deu parecer favorável ao projeto, com uma pequena emenda para adequação financeira: “Esta lei entra em vigor na data de sua publicação e surtirá efeitos financeiros a partir do primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação”. E quanto ao texto inserido na última hora pela antiga relatora Solange Almeida? Permanece como estava. E agora?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<b><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;">
<b>A propaganda do gol contra</b></div>
</span></b><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Por estranho que pareça, o Movimento Brasil Sem Aborto vem se mobilizando para aprovar o Estatuto do Nascituro sem mostrar nenhuma preocupação quanto ao enxerto nele introduzido. Ao contrário, em uma mensagem divulgada pelo Movimento, parece até que ele faz propaganda do gol contra. A fim de que o projeto seja aprovado, pede-se aos cidadãos que digam aos deputados que:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><i>... o Substitutivo deste Projeto de Lei em análise na Comissão de Finanças e Tributação NÃO MODIFICA o Código Penal Brasileiro no que se refere à EXCLUDENTE DE PUNIBILIDADE quando à gravidez resultante de violência sexual (estupro). Em relação a esta questão o Estatuto do Nascituro não revoga, portanto, o que está disposto no artigo 128 do Código Penal Brasileiro 2</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No texto acima, o enorme destaque tipográfico é do original.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Tem-se a impressão de que o Movimento Brasil Sem Aborto faz do gol contra uma glória da versão atual do Estatuto do Nascituro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<b><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;">
<b>O que pode acontecer</b></div>
</span></b><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Se o Estatuto do Nascituro for aprovado como está – com o apoio de passeatas e coletas de assinaturas – a criança por nascer poderá sofrer um terrível golpe. É verdade que, o artigo 128, CP, citado na complementação de voto da deputada Solange Almeida, não fala de uma permissão para aborto. No entanto, é necessário observar três coisas:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A primeira é que, quando a deputada fez sua complementação de voto, estava convencida de que o aborto “legal” existia e desejava conservar esse suposto “direito” de matar a fim de aquietar os abortistas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A segunda é que todos os deputados pró-vida presentes naquela sessão acompanharam e aprovaram esse entendimento errôneo da relatora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">A terceira é que, se esse enxerto for mantido (Deus não o permita!), ele servirá para reforçar a tese de que existe o aborto “legal” no país. Com efeito, ao ler o texto do artigo 13 (<i>“O nascituro concebido em decorrência de estupro terá assegurado os seguintes direitos, <b>ressalvados o disposto no Art. 128 do Código Penal Brasileiro</b>”</i>), os doutrinadores perguntarão a si mesmos: por que essa ressalva? E poderão concluir: tal ressalva seria desnecessária se o artigo 128 do Código Penal não permitisse o aborto. Logo, dirão eles que, com base no Estatuto do Nascituro(!), o aborto é permitido quando a gravidez resulta de estupro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Por que não outros projetos?</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É lamentável que o Movimento Brasil Sem Aborto esteja concentrando todas as suas forças em aprovar uma versão distorcida do Estatuto do Nascituro. Infelizmente não é verdade o que está escrito no convite para a 6ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida (de 04/06/2013): “aprovar o Estatuto do Nascituro é impedir, definitivamente, que o aborto seja legalizado em nosso país”3.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Por que o Movimento Brasil Sem Aborto não se mobiliza pela aprovação de outros projetos – estes sim de efeito imediato na proteção do nascituro? Eis dois exemplos:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">1) A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n.º 164, de 2012, de autoria do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que pretende inserir no artigo 5º de nossa Constituição as sagradas palavras “desde a concepção” após “a inviolabilidade do direito à vida”. Até hoje essa PEC está parada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) aguardando a designação de um relator.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">2) O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) n.º 565, de 2012, de autoria do deputado Marco Feliciano (PSC/SP), que pretende sustar a decisão do STF que declarou não ser crime o aborto de crianças anencéfalas. Até hoje o projeto aguarda o julgamento de um recurso (REC 148/2012) contra a decisão do então presidente da Câmara, Marco Maia (PT/RS), que o considerou “inconstitucional”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Um detalhe importante: ambas as proposições acima – a PEC 164/2012 e o PDC 565/2012 – não passarão pela mesa da Presidente da República! O Congresso poderá promulgá-las sem interferência de Dilma Rousseff. Ao contrário, o Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), mesmo que seja corrigido e só depois aprovado, poderá ser vetado, total ou parcialmente, pela nossa Presidente. E a derrubada de um veto presidencial pelo Congresso é praticamente impossível, pois requer a maioria absoluta dos deputados e senadores (art. 66, §4º, CF).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit;">Conclusão</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No Movimento Brasil Sem Aborto há grandes amigos meus, verdadeiros pró-vida, que desejam extirpar o aborto do Brasil e não poupam esforços para esse fim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É preocupante, porém, que o Movimento não tenha entendido o perigo da aprovação irrestrita e incondicional da atual versão do Estatuto do Nascituro. Os milhares de cidadãos que colocam seus nomes no abaixo-assinado não estão sendo advertidos sobre isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É lamentável ainda que esse Movimento, ao contrário dos outros grupos pró-vida, evite sistematicamente levantar a bandeira da defesa da família. Evita-se falar contra a exaltação do homossexualismo e a união de pessoas do mesmo sexo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Enfim, esse Movimento tem sempre procurado poupar o Partido dos Trabalhadores (PT). Nas eleições presidenciais de 2006, não encontrei no portal do “Brasil Sem Aborto” nenhuma referência ao programa de governo do candidato Lula, do PT, que previa, em seu segundo mandato, a legalização do aborto. No entanto, lembro-me de o portal ter exibido “45 razões para não votar em Geraldo Alckmin”, adversário do candidato petista...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
Anápolis, 09 de maio de 2013.<br /><br />Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz<br /><br />Presidente do Pró-Vida de Anápolis</span><br />
<span style="font-family: inherit;">***<br /><br />1 Em Direito Penal, isso se chama “escusa absolutória”. O crime permanece, mas o agente não recebe aplicação da pena, por razões de política criminal.<br /><br />2 <a href="http://brasilsemaborto.com.br/index.php?action=noticia&idn_noticia=279&cache=0.8559996571857482">http://brasilsemaborto.com.br/index.php?action=noticia&idn_ noticia=279&cache=0.8559996571857482</a><br /><br />3 <a href="http://brasilsemaborto.com.br/index.php?action=areafixa&id=10&cache=0.2957184533588588">http://brasilsemaborto.com.br/index.php?action=areafixa&id=10&ca</a><span style="color: #003399; line-height: 120%;"><a href="http://brasilsemaborto.com.br/index.php?action=areafixa&id=10&cache=0.2957184533588588">che=0.2957184533588588</a></span></span></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-28613289852425280142013-06-09T12:55:00.001-07:002013-06-09T12:55:12.584-07:00PROJETO DE CÓDIGO PENAL “CÓDIGO DE MORTE PRESTES A DESABAR SOBRE A CABEÇA DOS BRASILEIROS”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLbsuPtNl73JMWpt3gkjUXHJViJT-w-J1tz69rMMg_edi_rGfWjvDM9JaojW6hxMjYLle1ciIGYEBNsxDNnM-btTTTIZO6dukidvtb65qMzaDHyauYvSYmgCsIvlXwR3PyOO5r1Fq85jo/s1600/callado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLbsuPtNl73JMWpt3gkjUXHJViJT-w-J1tz69rMMg_edi_rGfWjvDM9JaojW6hxMjYLle1ciIGYEBNsxDNnM-btTTTIZO6dukidvtb65qMzaDHyauYvSYmgCsIvlXwR3PyOO5r1Fq85jo/s1600/callado.jpg" /></a></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<i style="color: blue;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 110%; mso-ligatures: none;">Transcrevemos aqui a Introdução do livro </span></i><span style="color: blue; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 110%;">“Projeto de Código Penal ‘Código de morte’ prestes a desabar sobre a
cabeça dos brasileiros”</span><i style="color: blue;"> (São Paulo: IPCO, 2013, p. 9-12), do ilustre Procurador de
Justiça do Estado de Santa Catarina, </i><span style="color: blue;">Dr. Gilberto CALLADO DE OLIVEIRA.</span><i style="color: blue;"> O autor é Doutor em
Filosofia do Direito pela Universidade de Navarra (Espanha) e pós-doutor em
política jurídica (1994 e 2000) e filosofia penal (2007), professor da Universidade do Vale do Itajaí
(UNIVALI) e da Escola do Ministério Público de Santa Catarina. É de sua lavra a substanciosa obra</i><span style="color: blue;"> A verdadeira face do
Direito Alternativo (Curitiba: Juruá, 1995, com prefácio do insigne jurista
paranaense René Ariel Dotti)</span><i style="color: blue;"> e o atualíssimo </i><span style="color: blue;">Garantismo e Barbárie: a face
oculta do garantismo penal (São Paulo: Conceito, 2011).</span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span> Na
história da legislação penal brasileira, após entrar em vigor o atual Código
Penal, em 1 de janeiro de 1942, alguns anteprojetos da parte especial de um
novo código foram elaborados para a dificílima empresa de incorporar um
coerente sistema codificado. Destacam-se os anteprojetos de Nelson Hungria
(1969), Luiz Vicente Cernicchiario (1984) e Evandro Lins e Silva (1999), todos
colocados nos escaninhos do tempo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>Em 2011,
através do Requerimento n. 756, o Senador Pedro Taques solicitou a constituição
de uma Comissão de Juristas com a finalidade de “elaborar projeto de Código
Penal adequado aos ditames da Constituição de 1988 e às novas exigências de uma
sociedade complexa e de risco”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>Formada a
Comissão, em 18 de outubro de 2011, os trabalhos foram concluídos no curto
período de oito meses, e o relatório final do anteprojeto entregue ao
Presidente do Senado Federal, em 18 de junho de 2012, transformado depois no
Projeto de Lei do Senado n. 236, de 2012. Fixou-se então exíguo calendário de
tramitação, com conclusão determinada para os cinco dias úteis de 28/09 a
04/10/2012.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>Quanto à
forma, muitos dos seus 543 artigos ofendem a boa técnica legislativa. As normas
orientadoras da parte geral contêm uma linguagem excessivamente abstrata e
recheada de imprecisões sobre diversos institutos aplicáveis aos delitos, que
em nada favorece o exercício exegético e a segurança jurídica. Na parte
especial, a falta de clareza e de precisão predomina em muitas qualificações de
condutas delitivas, além da vulgaridade que substitui a tradicional redação em
alguns crimes sexuais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>À exceção
de algumas audiências públicas, frequentadas notadamente por grupos de pressão
– v.g. organizações de defesa dos animais e da Associação Brasileira de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) –, a redação do
anteprojeto não se submeteu à exaustiva análise de diversos segmentos da
sociedade, nem muito menos da comunidade jurídica especializada, da voz
abalizada de magistrados, de membros do Ministério Público, de advogados, de professores,
de autoridades e agentes policiais. Preteriu-se até mesmo o trabalho revisional
de festejados penalistas, como o fizeram, em sua época, Nelson Hungria,
Narcélio de Queiroz e Roberto Lira, revisores do projeto de Alcântara Machado,
convertido depois no atual Código Penal. Não se deram ouvidos ao magistério da
Igreja. Não se abriu o caderno de sugestões no prudente período de tempo para o
amadurecimento de opiniões, dos estudos, das pesquisas e até mesmo de um
plebiscito para questões vitais a milhões de brasileiros. Nem se invocou a
proteção de Deus, como o fez o preâmbulo da Constituição Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>Também
por isso, quanto ao mérito, o Anteprojeto de Reforma do Código Penal atenta
gravemente, contra os mandamentos da Lei de Deus e, numa ousadia perversa,
subverte a ordem hierárquica da criação, deixando de punir assassinatos
abomináveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>De fato,
muitos dos artigos apresentados no Relatório Final destacam-se pela profunda
falta de proporcionalidade entre crimes e penas, entre a proteção de alguns
bens e a de outros, entre o que deve ser proibido e o que deve ser permitido,
embora não seja esta a finalidade das normas penais senão os efeitos jurídicos
que elas visam produzir por causa de sua desobediência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>Concretamente,
a tipificação e a reprovação de crimes contra a pessoa e contra interesses de
grupos específicos produziram verdadeiros absurdos. O crime de aborto está
praticamente abolido, restando apenas a hipótese de não consentimento da
gestante, efetivamente passível de punição; o crime de homicídio doloso através
da eutanásia livrou-se da sanção penal sob a rubrica antinômica da piedade e o
de infanticídio perdeu sua importância e gravidade a ponto de se transformar em
uma banalidade, como a simples suspensão do processo. Também foram tratados com
excessiva brandura outros crimes contra a pessoa, enquanto crimes contra a
fauna e a flora receberam descomunal reprovação. Tomem-se, por exemplo, os
crimes de omissão de socorro de criança abandonada ou de lesões corporais, cuja
pena mínima é doze vezes inferior (um mês de prisão) à do crime de omissão de
socorro de qualquer animal que esteja em grave e iminente perigo (um ano de
prisão). Outros absurdos, ademais, são encontrados no corpo de normas do
malsinado Projeto de Lei.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>Os
brasileiros certamente ficaram estupefatos diante dessa barbárie penal, e
sentir-se-ão inseguros pela facilidade com que se manipula ideologicamente o
direito à vida. Vale aqui lembrar a séria advertência de José Antônio Ureta:
“Quando o direito à vida de um único ser humano inocente deixa de ser
garantido, a vida de todos passa a correr risco. Basta ficar incluído na
categoria errada” (Revista Catolicismo, n. 698, fevereiro de 2009, p. 34).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>Uma
pergunta logo se impõe diante de tantos absurdos: como se explica que uma
classe de intelectuais, na posição de juristas, tenha se dedicado, de maneira
irracional, à construção de diferentes tipos penais carregados de fórmulas
materialistas ou imanentistas? Não é difícil encontrar a resposta: os membros
da Comissão de Revisão simplesmente redigiram um “código de morte” como atitude
ideológica profundamente marcada pelas recomendações governamentais do Plano
Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3). Suas injustificáveis despenalizações e
descriminalizações de condutas violadoras de direitos fundamentais dão mostras
inequívocas de que não há limites para o processo de transformação da
sociedade, e o sistema punitivo parece ser o caminho ideal para isso. Julgam
eles que as questões mais agudas do problema da criminalidade podem ser
resolvidas com normas compassivas e utópicas, mesmo que, no fundo,
potencializam a maldade e a indiferença com o dom sagrado da vida humana.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>A
responsabilidade dos nossos parlamentares, ante essa investida revolucionária,
só pode ser a de rechaçar todas as propostas incompatíveis com os verdadeiros
anseios da sociedade brasileira, historicamente tradicionalista, cristã,
defensora dos direitos naturais que lhe são mais caros, tais como a vida, a
família, a propriedade, a educação dos filhos, a segurança, a saúde etc. Não poderão
os nossos legisladores aprovar um Código que fere de morte a Carta
Constitucional e suas regras principiológicas protetoras daqueles direitos. Se
a legislação penal constitui hoje uma profusa e complexa pletora de normas
punitivas, considerada uma verdadeira “colcha de retalhos”, está ela prestes a
receber um novo e definitivo remendo, que trará ainda mais insegurança e
intranqüilidade no seio da população brasileira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%; mso-ligatures: none;"></span>Peçamos à Padroeira e Rainha do Brasil, Nossa
Senhora Aparecida, que livre o nosso país de um código penal insano e
permissivo do mal do aborto e de outras práticas atentatórias contra os
direitos naturais de seus filhos, para a sua maior glória e para um futuro de
paz no Brasil.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglzo7ws4Zr8pUORDhBMosi5sOgsuDhZPZbE9fj0UrOYN9rABJuAE57H-bBCSEHHP6zIw1PZNz3AdX_Ydxm4xeFL2GWVYA7n_jkO2ZFT5Uj70rN5WZ4n2VrExKMYki45TQPgG_x6DMAHbw/s1600/136397476319_m.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglzo7ws4Zr8pUORDhBMosi5sOgsuDhZPZbE9fj0UrOYN9rABJuAE57H-bBCSEHHP6zIw1PZNz3AdX_Ydxm4xeFL2GWVYA7n_jkO2ZFT5Uj70rN5WZ4n2VrExKMYki45TQPgG_x6DMAHbw/s1600/136397476319_m.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-34728096253208162272013-06-09T12:45:00.001-07:002013-06-09T12:45:08.028-07:00AUTOBIOGRAFIA DO FILHINHO QUE NÃO NASCEU<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh58gln1XQ20MLgJneJ0DaRAEC_IRh8uDz_WyTfVOm7-_dWdYWKrckNq9scNgF6VxvIwGnW4j02IfpsbvSV_nmDV4P62BxrAI79f6VVhznVfRc8No9eJtL6Ut52VuFfh-Q8l9betVg7EV4/s1600/gstavo-martc3adnez-zuvirc3ada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh58gln1XQ20MLgJneJ0DaRAEC_IRh8uDz_WyTfVOm7-_dWdYWKrckNq9scNgF6VxvIwGnW4j02IfpsbvSV_nmDV4P62BxrAI79f6VVhznVfRc8No9eJtL6Ut52VuFfh-Q8l9betVg7EV4/s320/gstavo-martc3adnez-zuvirc3ada.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 120%;"><br /></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 120%;">Oferecemos aos
nossos leitores a primeira parte da tradução do belo livro do célebre novelista
argentino Hugo WAST (1883-1962), </span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"><i>Autobiografía del
hijito que no nasció</i></span>, que narra o empolgante diálogo entre um pequenino
nascituro e o seu Anjo da guarda<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">I – O que meu anjo
conta.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Faz
alguns instantes que sou um ser humano. Meu corpo ainda é tão pequeno que não
pode ser visto pelos olhos de ninguém, mas minha alma já é tão grande como
sempre será. Deus a criou para mim, no mesmo momento em que eu comecei a
existir. Deus me ama como se eu fosse uma pessoa perfeita. Deus segue criando
inumeráveis almas todos os dias, para todos os seres, filhos dos homens, que
são chamados à vida. Meu anjo me disse que nascerão tantos seres quanto
necessários para repovoar o céu, despovoado em um terço de seus habitantes pelo
Diabo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Estas
coisas profundas para uma pessoa tão pequena como eu foram as primeiras que meu
anjo da guarda ensinou. Devo explicar que tenho um anjo da guarda escolhido
entre os inumeráveis anjos que permaneceram fiéis ao serviço de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Melhor
ainda! Meu anjo da guarda ensinou que Deus me ama desde toda a eternidade, como
se não houvesse existido outro ser senão eu. E que por mim realizou infinitas
maravilhas. E assim o fez para todos os seres humanos e seu Filho morreu por
cada um deles, como se fossem únicos no mundo, para salvá-los da guerra que o
Diabo faz aos homens.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Eu
apenas entendo tudo isso, mas ele sempre me repete e trato de reter tudo. Sem
embargo, confesso que fico cansado. Queria dormir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Meu
anjo me fala sem ruído e sem palavras. É como um fluído que me penetra.
Compreendo perfeitamente. Meus ouvidos, todavia não estão formados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Ele
me disse que eu sou um menininho. Ou uma menininha. Ele não sabe ou não quer me
dizer. Entendo que ele sabe muitas coisas, mas que não convém me contar tudo.
Ele guarda de mim uma infinidade de segredos para quando eu for maior.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Disse
que se me falar demais, meu pequeno corpo vai se cansar. E é verdade, volto a
sentir vontade de dormir um pouco mais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Será
minha primeira noite no seio de minha mamãe, que ainda ignora que eu existo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Meu
anjo me disse que é melhor que ela siga ignorando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Por
que não é bom que uma mãe saiba que seu filhinho ou sua filhinha já existe?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Estou
cansado. Será o primeiro sono da minha vida no suave e tíbio seio de minha mãe.
Que escuridão, meu Deus! É porque meus olhos ainda não se formaram?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>II
– Meu corpo vai crescendo.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Meus
ouvidos recolhem alguns rumores de fora.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Quem
é meu anjo? Como se chama?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>A
cada novo dia, meu anjo me desperta com uma oração. Eu ainda não posso
aprendê-la porque não tenho memória. No entanto parece-me que meu corpo já não
é tão pequeninho e que chego a perceber alguns rumores que vem de muito longe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Tudo
o que está fora deste rincãozinho tíbio e suave aonde vou me criando é longe
para mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>O
anjo disse que um dia tudo isso me parecerá próximo e que então ele mesmo, que
agora me cuida e me ensina, terá que distanciar-se de mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Isto
me encheu de preocupações, o que significa que meu cérebro já começa a se
formar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Não
me atrevo a perguntar ao meu anjo como ele poderá estar longe de mim algum dia,
se Deus lhe mandou ser sempre meu guardião companheiro, e como algum dia eu
deixarei de estar onde estou agora, porque haverei me desenvolvido
completamente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"></span>Não
sei como expressar estas coisas raras que me ocorrem e que fariam sorrir aos homens, se pudessem escutá-las; mas nem eles,
nem sequer meu anjo, as escutam, como se apenas eu mesmo me entendesse. A língua em que eu falo deve ser a língua dos anjos que se aprende
em um momento. Falando sinto que sou uma pessoa. Ou seja, alguém que tem uma alma
distinta das outras almas, uma alma que agora conversa com o anjo e que depois
conversará com os homens, conversará com minha mamãe,
com meu papai e com meus irmãozinhos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Meu
anjo me contou, e isto me deixou muito feliz, que eu tenho dois irmãozinhos, que
muito tempo atrás viveram como eu, formando-se como eu estou me formando, de
pouco a pouco, e agora são duas preciosas criaturas: ele tem seis anos e ela
cinco. Disse-me também que eu poderia ter muito mais irmãozinhos, mas que todos
morreram antes de nascer. Meu anjo disse que meu papai odeia seus filhinhos
pequenos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Não
compreendi o que isto significa, mas prestei atenção aos rumores de fora e
percebi </span>uma voz que me parece ser de minha
irmãzinha. É o mais maravilhoso que eu senti em minha vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Contei
isto ao meu anjo e ele me disse que devo ter sonhado, pois meus ouvidos </span>ainda não são aptos para escutar as coisas do mundo. Ouvira a ela,
talvez, como posso ouvir aos anjos?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Tive
outro sonho e não quis contar a ele, porque me parece que o ofenderia. É certo
que eu não saiba meu próprio nome porque não me chamarei de nome algum até que
eu seja ou um menininho ou uma menininha e me batizem, como ele me explicou. </span>Mas o meu anjo seguramente tem um nome, distinto do dos outros
anjos. Por que não me contou? Eu apenas sei que o anjo da guarda de minha mamãe
chama-se Absalón, mas seu próprio nome ele tem me ocultado. Me ensina muito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Disse-me
que ainda que eu seja pequeníssimo e ele seja um anjo poderosíssimo que todos
os dias vê a Deus e a Santíssima Virgem face a face, ele não pode penetrar
minha alma, aonde somente Deus penetra. Cada alma humana é como uma fortaleza
fechada não só aos anjos, senão também para os demônios, que não podem entrar
nela se o dono dessa alma não lhe abre uma porta, ou uma janelinha, uma
frestinha ao menos, para poder começar a seduzi-la com maus pensamentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Coisas
muito difíceis de entender, mas que não esqueço quando meu anjo me diz três
vezes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Mas
por que digo </span><i>meu anjo, </i>se não conheço o seu nome e estou começando a pensar que este anjo
não é o meu e que eu estou como que abandonado no mundo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Estou
morrendo de sono e vou dormir sem cumprimentá-lo. Não acredito que me pertença.
Devo confiar meus segredos a quem possa contá-los a outra pessoa, ainda que
essa pessoa seja minha mãe?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">III
– Duvido que meu anjo seja meu.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Já
posso me mover um pouquinho.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Não
esqueci nenhuma das inumeráveis lições que vem me dando o meu anjo, melhor
dizendo, </span><i>este </i>anjo. Ele afirma que sou muito inteligente, um pouquinho orgulhoso
e reservado, pois não lhe conto todas as coisas que penso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">É
verdade. Como vou contar que cada vez mais me afirmo na suspeita de que ele não
é meu anjo da guarda, senão um intruso, e que devo tomar muito cuidado ao me
comunicar com ele?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Escuto-o
e aprendo. A melhor lição que me deu é a de que Deus me ama desde antes de que
eu existisse com um amor imenso e que a Santíssima Virgem é Mãe de Deus e
também minha mãe, outra mãe que me quer mais que a que agora me leva em seu
seio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">E
a pior lição, que me fez estremecer de medo, é que meu papai odeia seus
filhinhos não nascidos e preferiria que morressem ou que não nascessem nunca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Então odeia a mim? – Perguntei.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Seu papai ignora que você existe. És tão pequeninho ainda. Ai de
ti se ele soubesse! –
Contestou-me o anjo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> E quando eu ficar maior e ele souber que eu existo, me odiará?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Não sei; nós anjos não somos profetas. Muito temo que quando
saiba que existes, ocorram coisas tremendas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Meu papai também tem anjo da guarda?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Sim, como todos os seres humanos, como a Santíssima Virgem, que
teve um grande arcanjo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Como se chamava esse grande arcanjo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Gabriel, e foi ele quem anunciou que ela seria a mamãe do Filho
de Deus, que chamamos Jesus e que é teu irmão e também irmão de todos os seres
humanos que nasceram e que hão de nascer, como você.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Ao
saber que eu sou nada menos que irmão de Jesus e que a Santíssima Virgem é
também minha Mãe, me sinto orgulhoso e me atrevo a interrogá-lo sobre aquilo
que me desperta tanta curiosidade:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> O anjo de minha outra mamãe, a mamãe da terra, se chama Absalón.
E como se chama o meu anjo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Então
ele me responde:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Não quero te dizer, mas você se empenha em saber tudo. Eu sou
Absalón, o anjo da guarda de sua mamãe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> E o meu anjo da guarda como se chama? Onde está?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Você ainda não tem um anjo só para ti. O de tua mamãe que sou eu
cuida dela e cuida de ti. Depois, quando você vier à luz do mundo, Deus mandará
um anjo que será teu enquanto você viver e te levará ao céu quando você morrer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> O dia em que eu vier à luz do mundo! – Exclamo com desilusão. – E quando vai ser isso?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">–</span> Você é muito curioso! – Responde-me o anjo de minha mãe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Estou
certo de que se fosse meu próprio anjo da guarda não acharia ruim que eu lhe
perguntasse tantas coisas, porque me ensinar é seu ofício e não deve se cansar
nem se negar a me responder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Fico
humilhado e triste e durmo cansadíssimo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">...
continua no próximo número...<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"><br /></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNCO8dKdL_F1K0LL3-eKrQXEW1gsxoVUBcLqC62Si9PAiIB4sNtQyyLdF3QusRqunYAONNln5oYyT7syEwilDAniBaXVWyUJY9S1Djy0jK9BU1_V0mcr4GxMk4sSxzGUxCjTR5MZV6uR0/s1600/bebe_vientre_materno2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNCO8dKdL_F1K0LL3-eKrQXEW1gsxoVUBcLqC62Si9PAiIB4sNtQyyLdF3QusRqunYAONNln5oYyT7syEwilDAniBaXVWyUJY9S1Djy0jK9BU1_V0mcr4GxMk4sSxzGUxCjTR5MZV6uR0/s400/bebe_vientre_materno2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-57964853563367656212013-06-09T12:28:00.001-07:002013-06-09T12:32:29.446-07:00RECEITA DE BRUXOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitPsDmQQRef3C5lekE_342f20Imup4Pmom9VAGL84GkUF-sz9F1iAfe8pOOJrHbTMgyOCjJXCmQgMhqnEOZkRURdWA0lu3w3PE660O9gj3KjURA295IVsj6OqemAYZvI1rMB-45ghIp14/s1600/justica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitPsDmQQRef3C5lekE_342f20Imup4Pmom9VAGL84GkUF-sz9F1iAfe8pOOJrHbTMgyOCjJXCmQgMhqnEOZkRURdWA0lu3w3PE660O9gj3KjURA295IVsj6OqemAYZvI1rMB-45ghIp14/s1600/justica.jpg" /></a></div>
<div align="center" class="MsoBodyText" style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000; font-family: "Bodoni MT","serif"; mso-ligatures: none;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: blue; font-family: inherit;">por Cláudio da SILVA LEIRIA, Promotor de Justiça no Rio Grande do Sul</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Em nosso país, o que vemos hoje são cidadãos aterrorizados, desesperados, em função do crescente aumento do número de roubos e outros crimes violentos graves. Por que ocorre o aumento dessas espécies de delitos? Serão responsáveis apenas os funcionários do Executivo encarregados do planejamento da área de segurança pública? Não. Muito dessa responsabilidade cabe aos nossos operadores do Direito, encastelados em suas explicações pseudocientíficas de que o crime é produto da pobreza. Nada pode ser mais equivocado. A maioria dos brasileiros – maioria extremamente pobre, diga-se de passagem – trabalha de sol a sol, em condições adversas, ganhando salários miseráveis, e só um percentual ínfimo, desprezível, se entrega à vida de crimes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">De outro lado, a pobreza não explicaria o número expressivo de pessoas de boas condições sociais e econômicas que delinqüem – veja-se os casos dos criminosos do colarinho branco, dos membros de abastadas famílias, etc. Infelizmente, a míope visão que correlaciona de forma determinista pobreza e crime acaba propiciando um clima favorável à exculpação dos criminosos violentos, resultando daí interpretações frouxas da lei penal e a visão do criminoso como “pobre vítima” de uma sociedade “malvada”. De outro lado, os operadores do direito, em sua maioria imbuídos de uma visão marxista, insistem em fazer caso omisso dos direitos fundamentais à segurança, liberdade e propriedade das vítimas, só faltando alguns deles exclamarem, como Proudhon, que “a propriedade é um roubo”; consideram o ladrão violento como uma espécie de Robin Hood moderno, que apenas “toma” o que a sociedade injustamente lhe negou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Também, operadores do Direito querem equivocadamente utilizar o Direito Penal como uma espécie de extensão da assistência social ou da medicina, negando o caráter essencial da pena, que é o de retribuir um mal com outro mal. Argumenta-se ingenuamente que o Direito Penal deve estar focado em “curar” o criminoso e com ele ser benevolente, valendo-se de terapias emancipadoras, ampliação de alternativas à pena de prisão e outras sanções exoneradoras da prisão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Nossos “brilhantes” doutrinadores de Direito Penal esquecem a sábia lição de Jescheck: <i>“O Direito Penal não pode se identificar com o direito relativo à assistência social. Serve em primeiro lugar à justiça distributiva, e deve pôr em relevo a responsabilidade do delinqüente por haver violentado o direito, fazendo com que receba a resposta merecida da comunidade. E isto não pode ser atingido sem dano e sem dor, principalmente nas penas privativas de liberdade, a não ser que se pretenda subverter a hierarquia dos valores morais, e fazer do crime uma ocasião de prêmio, o que nos conduziria ao reino da utopia”.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Como afirmado, não se pode ignorar que a finalidade principal da pena é manter isolado quem perturba de forma muito agressiva o ambiente social. Pena é castigo – e é assim nos sistemas penais de qualquer país do mundo – de forma que é necessário repudiar essa obsessão de ressocializar ou “curar” o preso às custas do debilitamento do poder punitivo estatal. Por fim, para agravar o problema, a legislação penal, ao invés de patrocinar os interesses legítimos da sociedade por mais segurança, contempla unicamente os interesses da advocacia criminal, tornando as penas cada vez mais suaves. Os advogados são extremamente organizados, constituindo-se em maioria nas comissões que sugerem e elaboram projetos das leis penais, atuando sempre, claro, pro domo sua. Essa receita de bruxos – visão míope de que a pobreza engendra o crime; o debilitamento das penas; a visão do direito penal como instrumento fundamentalmente terapêutico ou de ressocialização, a influência da advocacia criminal na elaboração das leis penais – só poderia resultar em um aumento da criminalidade, do medo, da sensação de insegurança e do descrédito da democracia como mecanismo capaz de prevenir e reprimir o crime.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Conclui-se, como bem afirmado por Pascal, que <i>“a compaixão é verdadeiramente cruel quando leva a poupar criminosos e malvados que deveriam ser castigados com a espada da justiça. A compaixão é, então, mais cruel que a crueldade. Pois a crueldade só age contra os indivíduos; mas essa falsa compaixão, provocando a impunidade, arma e incita contra a totalidade dos homens de bem toda a horda de facínoras”.</i></span></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-2660287480100410212013-06-09T12:21:00.001-07:002013-06-09T12:23:06.266-07:00A SACRALIDADE DO MATRIMÔNIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKOuaeowFm_Ad3QX00ZPm4hlZRejVD-eWIv1hXGSzOp4pBYxc-WvEwRq2k1URFwZkM4L6H1nhpGaURO4MjIHCcJ1XxymEtuZ0dDxs31NBWBRqq72Mt9YnvD0pfOkCJrgYEsvM2k4PfUHg/s1600/z%C3%A9+pedro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKOuaeowFm_Ad3QX00ZPm4hlZRejVD-eWIv1hXGSzOp4pBYxc-WvEwRq2k1URFwZkM4L6H1nhpGaURO4MjIHCcJ1XxymEtuZ0dDxs31NBWBRqq72Mt9YnvD0pfOkCJrgYEsvM2k4PfUHg/s1600/z%C3%A9+pedro.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">José Pedro GALVÃO DE SOUSA (1912-1992),</span><i> saudoso
catedrático de Teoria Geral do Estado, tendo lecionado também História do
Direito Nacional, não foi apenas o estudioso da filosofia política e da
história, que nos deu entre outros livros, </i>“Política e Teoria do Estado”<i>, </i>“Iniciação à
Teoria do Estado”<i>, </i>“Introdução à História do Direito Político Brasileiro”<i>, </i>“Raízes
históricas da Crise Política Brasileira”<i> e </i>“A Historicidade
do Direito e a Elaboração Legislativa”<i>, pois se debruçou sobre outros
campos do conhecimento, nos trazendo nestas linhas que retiramos de um precioso
artigo originalmente intitulado </i>“O Divórcio e a Família do Futuro” <i>publicado na
excelente e infelizmente extinta revista Hora Presente (N. 9, Maio de 1971),
lições mais do que nunca atuais.</i></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.0pt; text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Sacrifício: de <i>sacrum facere.</i> Os sofrimentos em comum, na vida matrimonial, têm o
sentido de uma oblação. O matrimônio realiza-se na sua plenitude e torna-se
fonte de verdadeira felicidade quando os sacrifícios que exige são oferecidos a
Deus, na comum convicção dos cônjuges de que ao homem não cabe separar o que
Deus uniu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Esse sentido mais profundo do casamento
encontra-se nos povos primitivos e foi expresso na limpidez dos conceitos do
direito romano: <i>nuptiae sunt coniunctio
maris et feminae et consortium omnis vitae, divini et humani iuris communicatio
</i>(Modestino, D. 23. 2. 1).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Foi preciso chegar ao neopaganismo
contemporâneo – muito mais perverso do que o paganismo dos antigos gentios,
porque este era o de uma sociedade que viveu sem conhecer o Cristianismo nem a
Revelação mosaica, mas assim mesmo tinha consciência do sagrado e respeitava a
lei natural, ao passo que o neopaganismo de hoje procede uma rejeição da
mensagem cristã – para que o ao casamento e à família negassem os seus
fundamentos religiosos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Como nos lembra Jean Daujat, <i>“o mundo moderno é o mundo que rejeitou as
tradições religiosas sobre cujo fundamento a humanidade vivera até ai, e que se
constituiu em revolta contra o Cristianismo e contra a civilização cristã que o
precedera”.</i> (DAUJAT, Jean. O Cristianismo e o homem contemporâneo, Porto:
Livraria Tavares Martins, p. 22).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">O divórcio, em nossos dias, é expressão
do individualismo, ou seja, do “humanismo absoluto” do homem moderno, que se
manifesta em duas etapas: o individualismo propriamente dito e o coletivismo,
este, resultado e continuação daquele, sendo no fundo o individualismo levado
ao extremo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Frisa-lo o mesmo autor na obra citada
(p. 21-22): <i>“O humanismo absoluto do
mundo moderno pode, aliás, tomar duas formas. Na primeira, que prevaleceu aos
séculos XVIII e XIX, é o individualismo que reivindica uma independência e uma
soberania absolutas: a sociedade, neste caso, unicamente pode ser um contrato
livremente consentido só por ele, e onde ele faz a lei. É desta maneira que se
terá uma sociedade arrastada pelas tendências e interesses contrários dos
indivíduos e onde desaparece a noção de bem comum”.</i> Daí a lei do divórcio,
sobrepondo o bem particular dos cônjuges ao bem comum. Tal individualismo
caracteriza a sociedade liberal fundada nos princípios da Revolução de 1789.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Daí para o coletivismo é um passo: <i>“bem depressa o indivíduo sentirá a
incapacidade de exercer a soberania, e deixa-se absorver na potência da
coletividade. Bem depressa igualmente os mais apetrechados explorarão e
dominarão os outros. E deste modo se passará do individualismo ao coletivismo:
o humanismo absoluto toma então uma forma nova que originará os regimes
totalitários e que prevalece hoje cada vez mais. A reivindicação de
independência absoluta transita do homem individual ao homem coletivo: é a
coletividade que se atribui uma independência e soberania absolutas e se
considera livre de qualquer verdade e de qualquer lei superior que se lhe
imponham. O indivíduo torna-se então um simples instrumento do poder coletivo”.</i>
É o que ocorre nas sociedades comunistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 3.0pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">O humanismo absoluto do homem
contemporâneo é uma conseqüência da secularização ou dessacralização das
mentalidades e das instituições, que teve início no outono da Idade Média e no
dealbar da Renascença pagã e do protestantismo. A dessacralização penetra hoje
na própria Igreja, não sendo, pois, de admirar que até mesmo certos católicos –
quando não sacerdotes! – venham a público defender o divórcio, postergando
assim o caráter sagrado do matrimônio.<o:p></o:p></span></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-62107302863148750172013-06-09T12:09:00.001-07:002013-06-09T12:14:23.907-07:00O MUNDO, A CARNE E O DIABO: CRUÉIS INIMIGOS DA IGREJA E DA ALMA<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcDj05E9cOHlwDZhpViYwSuTeYOLB70IQhS5lz1tGiNXI3iYkofJDkcbQEmDeckleoWjvxQypTqo8_D3hc7PlysjT-VdNfhlQ9nCrOvMEM_8FFD3qCB1l-uSXyOMvCZsJCSNrAYOmQaco/s1600/cor%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcDj05E9cOHlwDZhpViYwSuTeYOLB70IQhS5lz1tGiNXI3iYkofJDkcbQEmDeckleoWjvxQypTqo8_D3hc7PlysjT-VdNfhlQ9nCrOvMEM_8FFD3qCB1l-uSXyOMvCZsJCSNrAYOmQaco/s1600/cor%C3%A7%C3%A3o.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b style="text-align: right;"><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 110%; mso-ligatures: none;">Gustavo Corção (1896-1978)</span></i></b></div>
</div>
<div align="right" class="MsoBodyText" style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 110%; mso-ligatures: none;"><o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Há no catecismo do Concilio de Trento quatro linhas,
que todos os catecismos clássicos, desde os níveis destinados à primeira
formação das crianças até aqueles destinados à perseverança dos adultos, sempre
mantiveram e repetiram, e que agora, a onda progressista, de autodestruição da
Igreja, quer apagar, raspar, esquecer ou contestar.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">São muito simples essas quatro linhas que dominam e
norteiam toda a problemática da relação Igreja-Mundo. Ei-las: “A Igreja
Militante é a Sociedade de todos os fiéis que ainda vivem na terra. Chama-se
militante porque está obrigada a manter uma guerra incessante contra os mais
cruéis inimigos: o mundo, a carne e o Diabo”. Paralelamente a esse ensinamento,
tornou-se clássica a transposição com a qual esses três inimigos da Igreja
devem ser vistos também como inimigos de cada alma, que os deve combater, como
toda a Igreja os combate.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Uma das maiores torpezas difundidas pela torrente
revolucionária que se intitula de progressista foi o desfibramento, a
emasculação pacifista que fez da capitulação Igreja Dialogante. Nós outros,
desde o primeiro sinal de iniciação, aprendemos a pedir a Deus que pelo Sinal
da Santa Cruz nos livre de nossos inimigos, e conseguintemente aprendemos que,
com o Sinal da Cruz, nós nos armamos para o bom combate.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Agora ensina-se que não há mais inimigos, que não há
mais lobos, e que a Igreja praticará o mandamento de amor se deixar seus filhos
serem progressivamente devorados pelo mundo, pela carne e pelo Diabo que deixou
de ser o inimigo do gênero humano. O termo “pastoral” tornou-se sinônimo de
molezas e tolerâncias que roçam pelo obsceno. O “progressista” é antes de tudo
um “entreguista”. E em cada passo de nova capitulação, de novo “diálogo”, ele
se desmancha numa glossolalia destinada aos anais da ONU ou encaminhada ao
Prêmio Nobel da Paz.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Qualquer pessoa de sadio bom senso, ainda que
despreparada para discussões teológicas e metafísicas, sabe que um homem de bem
deve lutar por sua honra, deve defender seus filhos com o sangue, deve lutar
por seu Credo, deve combater e querer morrer por sua Fé. E para bem combater o
bom combate é preciso conhecer seus inimigos. A Igreja ensinou-nos durante
séculos a combater, mas agora, em dez anos, uma torrente revolucionária passou
a ensinar que a virtude máxima consiste na entrega, na fuga, na covardia.
Qualquer progressista, escolhido ao acaso, na legião, é mais bondoso do que
Nosso Senhor Jesus Cristo, que com toda a simplicidade falava em guerra, e que
oportunamente usou o chicote. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Vale a pena desenvolver um pouco as quatro linhas do
tridentino, para melhor conceituarmos as três entidades apontadas como inimigas
da Igreja e da alma.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Comecemos pelo fim. O que é o Diabo? <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Nós sabemos que entre os vários níveis de ser que
compõem a Criação, existem os seres espirituais desligados de qualquer matéria
e subsistentes como substâncias espirituais dotadas de inteligência e vontade.
E sabemos também que na origem trágica e explosiva desta “primeira criação”
houve uma Revolução nascida do orgulho das criaturas angélicas tiradas do nada
e capitaneada por Lúcifer, que, precipitado nas trevas tornou-se o principal
inimigo da “segunda criação”, isto é, da restauração de tudo na suprema e
eterna novidade que é o Verbo Encarnado. É esse inimigo que, sob a forma da
serpente, “dialoga” com Eva que se torna intercessora do pecado de Adão. E é
esse mesmo inimigo que tentou seduzir Jesus, nos quarenta dias do deserto.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quando na Missa recitamos o Credo, e dizemos: “Creio
em um só Deus, Pai Onipotente, Criador do Céu e da Terra, de todos os seres
visíveis e invisíveis”, é nos anjos bons e maus que pensamos e cremos. E é
também nesses portentosos seres invisíveis que pensa São Paulo quando diz aos Efésios:
“E sobretudo fortificai-vos no Senhor, por seu poder soberano”. E daqui em
diante o apóstolo cativo tira suas imagens da figura do soldado romano a que
está preso por uma cadeia: “Revesti-vos da armadura de Deus para que possais
afrontar as ciladas diabólicas: porque não é contra os homens de carne e sangue
que devemos lutar, mas contra os principados e potestades do mundo das trevas,
contra as forças do mal espalhadas nos ares. Tomai pois a armadura de Deus para
que possais resistir nos dias maus e ficar firmes no cumprimento de vosso
dever. Sim. Firmai-vos, com os rins cingidos pela verdade, o peito couraçado
pela justiça e os pés calçados do zelo de anunciar o Evangelho da paz. E
sobretudo agarrai-vos ao escudo da Fé, no qual morrerão e se embotarão todas as
flechas inflamadas do Maligno. Tomai enfim o capacete da salvação e o gládio do
Espírito que é a Palavra de Deus” (Ef. VI, 12).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E agora, o que é o Mundo no sentido em que é
apontado como inimigo da Igreja e da alma?
Mais de um teólogo tem apontado os vários sentidos que tem a palavra
“mundo”. Em primeiro lugar assinalamos o sentido genesíaco, metafísico, que
designa a variedade de seres criados por Deus. Nesse sentido, “mundo” é no seu
ser intrinsecamente bom, absolutamente positivo, e não pode ser visto como
contrário ou como inimigo da Igreja. Mas essa intrínseca bondade do mundo, como
ser ou multidão de seres, não quer dizer que ele tenha a plenitude da bondade
(que só Deus possui) e esteja isento das possibilidades do mal que vem, não da malignidade
das coisas criadas, mas da fragilidade dos seres que não têm a aseidade, ou
plenitude do ser. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Tomemos agora o mundo, e principalmente o mundo dos
homens no estado em que se encontra depois do pecado de Adão e depois da
Encarnação. Este mundo ferido pelo pecado não se propõe aos cristãos como
objeto de inimizade porque é a ele, assim mesmo ferido e manchado, que se
aplica a palavra da Misericórdia de Deus: “Deus tanto amou o mundo que lhe deu
seu Filho único” (Jo. III, 16). E também: “Eu não vim para condenar o mundo,
mas para salvá-lo” (Jo. XII, 47).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Há entretanto já aqui, uma atitude tensa e nova que
caracteriza a fundamental atitude da alma cristã. Em relação a esse mundo, em
si mesmo bom, mas marcado pelo pecado das criaturas, é que Jesus nos diz que
nós estamos no mundo, onde Ele nos escolheu, mas não somos do mundo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E então, se não somos deste mundo nele estamos como
peregrinos, ou como exilados. E este caráter peregrinal da vida cristã se
estende a toda a Igreja da terra: ela está no mundo, mas não é do mundo. Ou
melhor, não é deste mundo. E aqui chegamos ao dualismo mais contrastante e mais
importante da relação Igreja-mundo, e da significação do termo “mundo”. Mas se
a Igreja não é deste mundo, tem de ter sua existência e sua razão de ser com
base em outro mundo. E é curioso notar que esta revelação, a mais
caracterizadora da transcendência de sua obra, é feita por Nosso Senhor a
Pilatos: “Meu Reino não é deste mundo, se meu Reino fosse deste mundo meus
servidores teriam combatido para impedir que eu fosse entregue aos judeus: mas
o meu Reino não é deste mundo” (Jo. XVIII, 36). Há então na obra de Deus uma
criação de todas as coisas, e uma outra criação, ou uma nova criação na ordem
da Salvação. Desde o Antigo Testamento encontramos o anúncio do outro mundo. Em
Isaías temos: “Não cuideis mais das coisas antigas, eis que vou realizar algo
de novo” (Is. XL, 15-17). Mas é no Novo Testamento que temos a chave do
mistério anunciado pelos profetas: “Quando alguém está em Cristo é uma nova
criatura, e então pode-se dizer: o antigo desapareceu, vede: tudo é novo!” (II
Cor. V, 17).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Não se diga, porém, que o “outro mundo” é apenas a
Igreja do Céu. Não. Já na terra a Igreja é o Reino de Deus começado, é portanto
o “outro mundo” que está neste mundo de modo incoativo e peregrinal, mas não é
deste mundo. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Mas não é ainda nesse sentido de “velho mundo”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">que o mundo é inimigo da Igreja. Ao contrário, esse
velho mundo ainda é para o cristão o lugar e a ocasião que se oferece para
completar, em sua peregrinação, e no Corpo Místico de Cristo o que faltou em
sua paixão (Col. I, 24). Nesse sentido, amamos o mundo, obra de Deus, e amamos
reduplicadamente o mundo em que Jesus caminhou e caminha ao nosso lado até o
fim do mundo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Pode acontecer que por desfalecimento de fé e de
esperança nos apeguemos demais a este mundo e nos esqueçamos da Pátria
verdadeira, mas nesse tropeço não é o mundo o agente agressivo principal, o
inimigo que nos desvia de Deus: é antes a carne ou vontade própria que nesse
ato de ingratidão e soberba segue a própria inspiração ou a inspiração de Satã.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quando é então que o mundo é inimigo da alma e da
Igreja? É o próprio Senhor Jesus quem nos responderá: “O mundo me odeia porque
Eu testemunho contra ele e suas obras más” (Jo. VII, 7). E logo: “Sereis
odiados por causa de meu nome” (Mat. X, 22). E ainda: “O mundo vos odeia porque
não sois do mundo, como Eu não sou do mundo” (Jo. XVII, 14-16).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E agora se vê que o “mundo” inimigo da Igreja é
aquela parte do mundo dos homens que se polariza, que se organiza como
anti-Igreja, e que odeia os cristãos por causa do nome de Cristo, tentando
agressivamente prendê-los, naturalizá-los neste mundo, para que reneguem Cristo
Jesus e voltem as costas a Deus. E que organizações são estas que o mundo ousa
fazer como uma anti-Igreja, ou como uma Igreja do Demônio? A história nos
proporciona vários exemplos de movimentos, de “correntes históricas” que
tiveram como característica essa agressiva e maléfica intenção organizada de
arrancar as almas do jugo de Deus. Nos últimos séculos temos a Civilização Liberal,
e dentro dela as correntes mais concentradas: o revolucionarismo, a maçonaria,
o socialismo e o comunismo. São essas coisas que tentam a suprema estultice de
eclesializar o mundo e de secularizar a Igreja como desejam os progressistas,
que são hoje o mais virulento “mundo” inimigo da Igreja.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E a carne? No tríptico apontado pelo Catecismo de
Trento, “carne” não tem o sentido de “corpo” ou “natureza animal” do homem, e
muito menos o sentido de sexo. O tridentino inspirou-se na famosa dialética
paulina. Como ensinam Santo Tomás (ST, Ia IIae q. 72, a. 2. ad primum) e Santo
Agostinho (Cidade de Deus, XIV, II e III), o termo carne que São Paulo
contrapõe ao espírito, não designa a substância corpórea, mas o homem todo, ou
melhor, a atitude espiritual do homem todo “que pretende viver segundo seu
próprio alvitre” ou que “pretende ser a sua própria lei!” Esta soberba
pretensão de vivere secundum seipsum vem do amor próprio, ferida do pecado
original.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">E é nessa ferida do eu que o homem recebe as
seduções do mundo belo e agradável, ou as seduções mais agressivas e venenosas
das anti-Igrejas, ou do mundo inimigo; e é também essa ferida do amor próprio
que acolhe as seduções do Demônio.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 1.2pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Precisamos mobilizar todos os dons de Deus para
combater os inimigos de Deus, mas podemos dizer que a cada um dos três
corresponde, de modo especial, uma das virtudes teologais. Assim diremos: <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Do Demônio nos defenderemos com o escudo da Fé; das
seduções ou agressões do mundo nos defendemos com a santa Esperança voltada
para Deus e para o céu; e das fraquezas e malícias do amor-próprio nos
defenderemos com fortes atos de Caridade firmados em insistentes atos de
humildade.</span></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-42078959555542917982013-06-09T12:00:00.001-07:002013-06-09T12:05:56.305-07:00A COVARDIA É PECADO E, EM ALGUNS CASOS, GRAVE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYfKZFBi8XSF1BUAscXHEZF2Tt1eYXhmlwoAPc6UTVyQnkoEZV6dw0zAKS_GxtR4iY09rDvmNQNmq_lwFzIqrVSYV20EB4Or-jVkktAtWTKGVs0zRZQ_PvNqwjWele9Qrzy6y_zUZrP1U/s1600/castellani-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYfKZFBi8XSF1BUAscXHEZF2Tt1eYXhmlwoAPc6UTVyQnkoEZV6dw0zAKS_GxtR4iY09rDvmNQNmq_lwFzIqrVSYV20EB4Or-jVkktAtWTKGVs0zRZQ_PvNqwjWele9Qrzy6y_zUZrP1U/s1600/castellani-1.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><i><b>Pe.
Leonardo Castellani (1899-1981)</b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
Coisa incrível: há uma tempestade tal no Mar de Tiberíades, que as ondas invadem a barca dos pescadores; e Jesus Cristo dorme. Fingiria dormir, como dizem alguns, para “provar seus discípulos”? Não, dorme, com a cabeça apoiada em um banco. Essa maneira de experimentar os outros com coisas fingidas é uma palhaçada inventada por algum mal mestre de noviços: a única coisa que prova verdadeiramente é a vida, a verdade, a realidade; não as ficções. Tampouco é verdade que Deus tenha proibido a Eva o Fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal para prová-la; proibiu-o porque, simplesmente, este fruto não lhe convinha, nem a ela nem a ninguém. Deus não faz tolices, mas há gente inclinada a atribuir-Lhe as tolices próprias. Deus fez o homem a sua imagem e semelhança; mas o homem retribuiu; porque, quantas vezes o homem não refez a Deus à sua imagem e semelhança!Jesus Cristo é notável: dorme de dia, no meio de uma tormenta; e de noite deixa a cama e sobe até uma colina, para rezar até a madrugada. Não o despertam o bramir do vento, o golpe da água, os gritos dos marinheiros, mas o desperta um gemido na noite ou uma mulher com hemorragia que lhe toca o vestido. Dona Madalena, minha avó, dizia: “Jesus Cristo é bom, eu não digo nada, mas, quem O pode entender?” Só uma criança ou uma animal podem dormir nestas condições em que os três Evangelistas dizem que Cristo realmente “dormia”; e também um homem que esteja tão cansado como um animal e que tenha uma natureza tão sã como a de um menino. Sabemos que muitos homens de natureza privilegiadamente robusta podiam dormir quando quisessem; como Napoleão I, por exemplo, do qual se conta que podia fazer isto: dormir quando lhe parecia bem, sobretudo nos sermões; e foi preciso despertá-lo na manhã da batalha de Austerlitz. Ao contrário, Napoleão III, seu sobrinho, não pregou os olhos na noite do golpe de Estado de 1851 e se levantou três vezes para ver se tinha dormido a sentinela. Isso porque Napoleão I foi um herói; mas, Napoleão III, uma imitação de herói: um palhaço.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, o fato é que Cristo dormia, e seus discípulos o despertaram dizendo algo que varia nos três Evangelistas; mas, na realidade, devem ter gritado não três, mas umas doze coisas diferentes pelo menos; que se resumem nesta: “vamos morrer!” Não vos importais se “vamos morrer”? que traz São Lucas como resumo de toda a gritaria. O que disse São Mateus, que estava ali, foi isto: “Senhor, ajuda-nos, que perecemos”. Cada um disse o melhor que soube, e isto é tudo. O que lhes disse Cristo – nisto concordam os três relatos – foi, “covardes”. A Vulgata latina traduz “Modicae fidei”, ou seja, “homens de pouca fé”; mas Cristo, em grego ou aramaico, lhes disse: “covardes”. Um homem que grita quando entra água em sua barca em uma tempestade do Mar da Galiléia, que são breves mas violentas; supondo até que tenha gritado um pouco demais, é covarde? Para mim, não é covarde. Mas para Jesus Cristo, é covarde. E Jesus Cristo não gosta de covardes.</div>
<div style="text-align: justify;">
A Igreja (“a barca de Pedro”, como é chamada) teve muitas tempestades e há de ter ainda outra que está profetizada, na qual as ondas entrarão a bordo e parecerá realmente que os poucos que estão dentro, morrem. Cristo parece ter conservado seu costume juvenil de dormir nestes casos; e também sua idiossincrasia de não amar a covardia. A covardia é pecado? Sim; e, em alguns casos, muito grave. Os Apóstolos tinham uma maneira de pregar que, se me deixassem, eu não usaria outra: trata-se de fazer uma lista de pecados grandes, recitá-la e depois dizer: “Nenhum destes entrará no Reino dos Céus. Basta” Assim, São Paulo disse: “Não vos enganeis, irmãos; que nem os idólatras, nem os ladrões, nem os adúlteros, nem os avarentos, nem os efeminados nem... e assim continua... entrarão no Reino dos Céus”. Hoje em dia deveria pregar-se assim, de modo simples... é nossa opinião. Pois bem, São João, no Apocalipse, que é uma profecia sobre os últimos tempos, acrescenta à lista de pecados outros dois que não estão em São Paulo: “os mentirosos e os covardes”. O que parece indicar que, nos últimos tempos, haverá um grande esforço de mentira e de covardia. Que Deus nos encontre confessados. A covardia em um cristão é um pecado sério, porque sinal de pouca fé em Cristo (“covardes e homens de pouca fé”) que provou ser um homem “a quem o mar e os ventos obedecem” – como disse o Evangelho de hoje – ao lado de quem, portanto, ter medo não é coisa bonita; nem mesmo lícita. Júlio César, em uma ocasião parecida, não permitiu a seus companheiros que se assustassem. “Que temeis? Levais César a sua boa estrela”, lhes disse. Por mais forte razão Cristo, que é criador das estrelas. O que governa o mundo são as idéias e as mulheres, disse alguém. As idéias, não duvido. As mulheres, teria de se provar. Que sucederia se, na Argentina [nota: país de origem do autor], surgisse uma S. Teresa de Jesus, que persuadisse a todas as mulheres deste propósito: “Não me casarei com nenhum homem que seja covarde!” Creio que cairia a tirania atual, e que não subiria ao poder mais nenhum tirano.</div>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-pagination: none; text-align: justify; text-kashida-space: 50%;">
<div style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-20312322907483943962013-06-09T11:44:00.000-07:002013-06-09T11:55:13.700-07:00A CORAGEM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBwluv2lukMDsi7jY8u9cknpEFRXirlHou-qVMY-JCevTtPMGmL8aG897STAHX-I2tyICto9fghQWymwOiokWQXIG26_p-X4Fo0jp0f_hMccE52L1qIiGoLRKDIktcERB0Asi2ea5YrP4/s1600/chesterton.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBwluv2lukMDsi7jY8u9cknpEFRXirlHou-qVMY-JCevTtPMGmL8aG897STAHX-I2tyICto9fghQWymwOiokWQXIG26_p-X4Fo0jp0f_hMccE52L1qIiGoLRKDIktcERB0Asi2ea5YrP4/s320/chesterton.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 104%; margin-bottom: 3.0pt; mso-pagination: none; text-align: justify; text-align: justify; text-indent: 14.1732pt; text-justify: newspaper; text-justify: newspaper; text-kashida-space: 50%; text-kashida-space: 50%;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><b>G.
K. Chesterton (1874-1936)</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">A coragem é quase uma contradição nos
seus termos. Significa um forte desejo de viver, que toma a forma de uma
absoluta prontidão para morrer. “Aquele que perder a sua vida salvá-la-á” este
não é um lema de misticismo para santos e heróis, é um conselho diário para
alpinistas e marinheiros. Podia estar impresso no guia do alpinista ou num
manual de instrução militar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 120%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 120%;">Este paradoxo é todo o princípio da
coragem, mesmo que se trate de uma coragem absolutamente terrena ou de uma
coragem absolutamente brutal. Um homem isolado pelo mar poderá salvar sua vida,
se arriscá-la, lançando-se ao precipício. Ele só pode escapar da morte,
aproximando-se continuamente dela, até que reste apenas uma polegada de
distância. Um soldado cercado pelos inimigos, se quiser salvar-se, precisa
combinar um forte desejo de viver com uma extraordinária despreocupação em
relação à morte. Não deve, apenas, agarrar-se à vida, pois, nesse caso, seria
um covarde e não escaparia. Não deve, tampouco esperar pela morte, pois seria,
então, um suicida e também não escaparia. Deve procurar a vida com um ímpeto de
furiosa indiferença para com ela; deve desejar a vida como quem deseja água e,
no entanto, deve beber a morte como quem bebe vinho.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-51953102482730596962013-05-18T18:35:00.002-07:002013-05-18T18:35:32.256-07:00Editorial:<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJfq9gtK7JkCErg6HfsdIiHhFigfMU960PNBUbPKBQPv77HDwvzGD2GTb6o04NzEChZPjsPYzL8xb-aczHDrwRHLw-8q-L-4iar2D6vEiEAK-pMu68eAsJZr9TeBkfbO5v8fZLeeQKQH4/s1600/chartressiloue.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJfq9gtK7JkCErg6HfsdIiHhFigfMU960PNBUbPKBQPv77HDwvzGD2GTb6o04NzEChZPjsPYzL8xb-aczHDrwRHLw-8q-L-4iar2D6vEiEAK-pMu68eAsJZr9TeBkfbO5v8fZLeeQKQH4/s400/chartressiloue.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<div class="WordSection2">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Vivemos num mundo
que a cada dia decai em seus valores. Em todos os campos se sentem os sinais da
decadência. Nas artes, na musica, nos costumes, na educação, na família, na
política, nas leis, em tantos outros pólos a crise de valores está presente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
É tão grande,
tão ampla, e tão abrangente a crise do homem, que muitos dizem que não já o que
fazer, que temos de nos conformarmos com a situação e nos acomodarmos e
adaptarmos a ela. Esse parar de lutar, esse conformar com a situação nos dói o
coração, pois não pode nem deve haver acomodação diante do mal, mas sim luta
continua e constante. <i>Guerra sem trégua e
nem mercê contra os erros, o pecado, e os modos que estão implantando no mundo
um ver império infernal.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Diante das
falsas opiniões, dizer não; diante dos compromissos danosos à Santa Igreja,
dizer não; diante do processo que leva almas em multidões para o inferno, dizer
sempre e cada vez mais não.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Resultado
dessa defecção da fé e do desprezo de Deus é que atualmente tramita no Senado
um Projeto de Código penal em que o
terrível crime de aborto fica praticamente abolido, restando apenas a hipótese
de não consentimento da gestante, efetivamente passível de punição; em que o
crime de homicídio doloso através da eutanásia livra-se da sanção penal sob a
rubrica antinômica da piedade e o de infanticídio perde sua importância e
gravidade ao ponto de se transformar em uma banalidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Vê-se que já
nada podemos esperar dos poderes deste mundo e, por outra parte, a liturgia nos
diz: <i>“Nosso auxílio está em Nome do
Senhor que fez o Céu e a Terra”.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Já há algumas
décadas, o escritor católico francês, Jean Madiran, explicava que: <i>“O que escutamos agora, é o ruído dos
martelos que batem nos pregos, os três pregos da crucifixão. Logo, vemos as
trevas invadir a terra. Depois, ainda os príncipes dos sacerdotes e os soldados
tomaram a precaução suplementar de colocar a pedra que fecha a tumba. Não só
colocaram a pedra como deixaram de vigia um guarda. Estes sinais nos enganam;
de uma maneira ou de outra a ressurreição está próxima”.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Este argumento
de nossa <i>esperança teologal</i> não é
compreensível para alguns de nossos amigos incrédulos. Desejariam ter, ademais,
razoes naturais para esperar. Mas é muito importante mostrar que a soberania de
Cristo se traduz nas realidades concretas capazes de deter a guerra
revolucionária, impiedosa e malsã, e inclusive de reconquistar o terreno
perdido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Cultivemos
nossas faculdades superiores com a <i>acesse,
a oração, os exercícios espirituais</i>. Peçamos a Deus os sete dons do
Espírito Santo e supliquemos que se digne fazer crescer em nós a <i>Fé, a Esperança e a Caridade</i>. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Hoje não
teríamos desculpas de não sentir essa necessidade, inclusive no plano temporal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Cultivemos,
também em nós, as virtudes da <i>fortaleza,
da temperança, da justiça e da prudência</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Alguns
descobrirão, talvez, que a <i>prudência</i>,
por exemplo, é a virtude pela qual buscamos os meios convenientes para que a
ação seja eficaz em todas suas formas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
Para executar
estas virtudes em todos os planos de nossa vida profissional, familiar, social,
cívica, as reforçaremos em nós mesmos. Em
nossa luta, lembremo-nos, especialmente nos momentos de agruras e de ataques
vilipendiosos, do beato mexicano Anacleto González Flores, secular distinguido
em atividades apostólicas pelos direitos de Deus e da Igreja contra a impostura
laicista, assassinado aos 38 anos. Morreu gritando, com seus companheiros de
martírio: “<i>Eu morro, mas Deus não morre:
Viva Cristo Rey!”</i> Em seus últimos momentos compôs uma bela oração que ainda
seguem rezando, após o rosário, as famílias cristeras:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: -9.0pt; margin-right: -8.1pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<i>“Jesus
misericordioso! Meus pecados são mais que as gotas de sangue que derramastes
por mim. Não mereço pertencer ao exército que defende os direitos de Tua Igreja
e que luta por Ti. Quisera nunca haver pecado para que minha vida fosse uma
oferenda agradável aos Vossos olhos. Lave as minhas iniqüidades e limpe os meus
pecados. Por Tua santa Cruz, por minha Mãe Santíssima de Guadalupe, perdoa-me.
Não soube fazer penitencia de meus pecados; por isso quero receber a morte como
um castigo merecido por eles. Não quero lutar, nem viver, nem morrer senão por
Ti e por Tua Igreja. Mãe Santa de Guadalupe acompanha em Sua agonia a este
pobre pecador. Conceda-me que meu ultimo grito na terra e meu primeiro cântico
no céu seja: Viva Cristo Rey!”</i><o:p></o:p></div>
</div>
<b><i><span style="color: red; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 22.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" /></span></i></b>Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-47212951025159985682013-05-18T18:20:00.001-07:002013-05-18T18:20:20.369-07:00O espírito da Cruz<br />
<div class="WordSection1">
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="color: #003300;">Último sermão do Padre EMMANUEL</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="color: navy;">Está página é extraída do Boletim de Nossa
Senhora da santa Esperança, de março de 1903 (reeditada <st1:personname productid="em Le Sel" w:st="on">em Le Sel</st1:personname> de <st1:personname productid="la Terre" w:st="on">la Terre</st1:personname>, n. 44, consagrado ao
padre Emmanuel). O Padre Emmanuel pronunciou o seu último sermão na festa da
Exaltação da Santa Cruz, no Domingo, 14 de Setembro de 1902, seis meses antes
de morrer. Trata do espírito da Cruz, que é </span></i><span style="color: navy;">“a
participação do próprio espírito de Nosso Senhor, levando a Cruz, pregado à
Cruz e morrendo na Cruz”.<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMlTzyFUE5Fkw8vindTdxfKMQ__-O81Tp0D3NBKFUBHlXUO-R7Er1yCw-xcmWraulW5fxrM_VMfeb4AbcJRRFkudxpfCME5p9i49tI_hY1il4jOz9EQleyGAeqfgnxTAA0O7yWeys9NFs/s1600/Recital-Paix%C3%A3o-de-Cristo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMlTzyFUE5Fkw8vindTdxfKMQ__-O81Tp0D3NBKFUBHlXUO-R7Er1yCw-xcmWraulW5fxrM_VMfeb4AbcJRRFkudxpfCME5p9i49tI_hY1il4jOz9EQleyGAeqfgnxTAA0O7yWeys9NFs/s400/Recital-Paix%C3%A3o-de-Cristo.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: navy;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Irmãos, há muito tempo que não me
vedes aqui; não venho aqui com freqüência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vou falar-vos de uma coisa da
qual nunca falei, nem aqui, nem algures. E essa coisa desejo-a a todos; sei bem
que o meu desejo não chegará a todos. Vou falar-vos do espírito da Cruz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando o Bom Deus cria um corpo
humano, dá-lhe uma alma, é um espírito humano; quando o Bom Deus dá à alma a
graça do batismo, ela tem espírito Cristão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O espírito da Cruz é uma graça de
Deus. Há a graça que faz apóstolos, e assim por diante. O que é o espírito da
Cruz?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O espírito da Cruz é uma
participação do próprio espírito do Nosso Senhor levando a Sua Santa Cruz,
pregado à Cruz, morrendo na Cruz. Nosso Senhor amava a Sua Cruz, desejava-a.
Que pensava Ele levando a Sua Cruz, morrendo na Cruz? Há aí grandes mistérios:
quando se tem o espírito da Cruz, entra-se na inteligência destes mistérios.
Existem poucos Cristãos com o espírito da Cruz, vêm-se as coisas de modo
diferente do comum dos homens.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O espírito da Cruz ensina a
paciência; ensina a amar o sofrimento, a fazer sacrifícios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando se tem o espírito da Cruz,
é-se paciente, ama-se o sofrimento, fazem-se generosamente os sacrifícios que o
Bom Deus nos pede. Quer-se a vontade Deus, e ama-Se; acha-se bom o que nos
pede.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os santos queixavam-se muito a
Deus que Ele não lhes dava bastante sofrimento; desejavam sofrer, por quê?
Porque no sofrimento se pareciam mais com Nosso Senhor. Na vida de Santa Isabel
da Hungria, é dito que, depois de a terem despojado de todos os seus bens,
ainda a expulsaram de casa: quando viu que nada mais possuía, foi aos Frades Menores
mandar cantar um <i>Te Deum</i> para
agradecer a Deus por lhe ter tirado tudo. Tinha o espírito da Cruz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <i>Imitação</i> diz alguma coisa do que faz o espírito da Cruz: <i>ama mais ter menos do que mais, ama mais
estar embaixo do que <st1:personname productid="em cima. Ama" w:st="on">em
cima. Ama</st1:personname> ser desprezado</i>. É isto o espírito da Cruz; é
muito raro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não o tendes muito, o espírito da
Cruz. Posso bem dizer-vo-lo, há muito tempo que vos conheço, desde que estou
convosco. Tende-lo menos do que o tivestes outrora.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Logo que tendes algum sofrimento,
depressa dizeis: Meu Deus, livrai-me disto, livrai-me disto; fazeis novenas
para vos libertardes. É preciso amar um pouco mais o sofrimento, e não pedir
tão depressa para se ver livre dele. Se tivésseis o espírito da Cruz, veríamos
muitas coisas que não vemos; e há as que vemos, que talvez não víssemos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É preciso ter um pouco mais do
espírito da Cruz; é preciso pedi-lo. Tratemos de amar a Cruz, de amar a vontade
de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Talvez vos tenha enfastiado ao
falar-vos assim, mas não vos aborreço mais.<o:p></o:p></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-84583029957959332842013-05-18T18:18:00.000-07:002013-05-18T18:18:01.252-07:00Sermão sobre a tentação de Nosso Senhor no deserto<br />
<div class="WordSection1">
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="color: #003300;">São Leão MAGNO<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<i><span style="color: navy;">O sermão que transcrevemos, de autoria de São Leão Magno,
refere-se à quaresma, </span></i><span style="color: navy;">“época do ano, quando
nossos pérfidos inimigos redobram também a astúcia de suas manobras”,<i> como diz o Santo. No entanto, entendemos oportuna
sua publicação, sobretudo nesses tempos de resfriamento, quando não de abandono
da vida espiritual decorrente do avanço, parece já evidente, sobre as nações do
</i>mysterium iniquitatis<i> de que fala São
Paulo na II Epístola aos Tessalonicenses.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZQUeJTcMcrjL7UCUNWq0he7oriQBwf7Ey2jsd2Im5suUtN1oNbDaky1xwk1RKuabto21IHI1ZNyfnW3j1txvUVF2gkj3FW6wOw5KPGVoTlOZiVr2OyLIra7CYmVH8LZzL936eJrgAvWc/s1600/quaresma_001_figura_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZQUeJTcMcrjL7UCUNWq0he7oriQBwf7Ey2jsd2Im5suUtN1oNbDaky1xwk1RKuabto21IHI1ZNyfnW3j1txvUVF2gkj3FW6wOw5KPGVoTlOZiVr2OyLIra7CYmVH8LZzL936eJrgAvWc/s400/quaresma_001_figura_1.jpg" width="316" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há muitas batalhas dentro de nós:
a carne contra o espírito, o espírito contra a carne. Se, na luta, são os
desejos que prevalecem, o espírito será vergonhosamente rebaixado de sua
dignidade própria e isto será uma grande infelicidade, de rei que deveria ser,
torna-se escravo. Se, ao contrário, o espírito se submete ao seu Senhor, põe
sua alegria naquilo que vem do céu, despreza os atrativos das volúpias
terrestres e impede o pecado de reinar sobre o seu corpo mortal, a razão
manterá o cetro que é devido de pleno direito, nenhuma ilusão dos maus
espíritos poderá derrubar seus muros; porque o homem só tem paz verdadeira e a
verdadeira liberdade quando a carne é regida pelo espírito, seu juiz, e o
espírito governado por Deus, seu mestre. É, sem dúvida, uma preparação que deve
ser feita em todos os tempos: impedir, por uma vigilância constante, a
aproximação dos espertísimos inimigos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
[...]<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então preparemos nossa alma para
o combate das tentações e saibamos que quanto mais zelosos formos por nossa
salvação, mais violentamente seremos atacados por nossos adversários. Mas
aquele que habita em nós é mais forte que aquele que está contra nós. Nossa
força vem d’Aquele em que pomos nossa confiança. Pois se o Senhor se deixou
tentar pelo tentador foi para que tivéssemos com a força de seu socorro o
ensinamento de seu exemplo. Acabas-te de ouvi-lo. Ele venceu seu adversário com
as palavras da lei, não pelo poder de sua força: a honra devida a sua
humanidade será maior, maior também a punição de seu adversário se Ele triunfa sobre
o inimigo do gênero humano não como Deus, mas como homem. Assim, Ele combateu
para que combatêssemos como Ele; Ele venceu para que também nós vencêssemos da
mesma forma. Pois, meus caríssimos irmãos, não há atos de virtude sem uma
batalha. A vida se passa no meio das emboscadas, no meio dos combates. Se não
quisermos ser surpreendidos, é preciso vigiar; se quisermos vencer, é preciso
lutar. Eis porque Salomão, que era sábio, diz: Meu filho, quando entras para o
serviço do Senhor, prepara a tua alma para a tentação (Eclo. 2,1). Cheio da
sabedoria de Deus, sabia que não há fervor sem combate laborioso; prevendo o
perigo desses combates, anunciou-os de antemão para que, advertidos dos ataques
do tentador, estivéssemos preparados para aparar seus golpes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-28086618121650989132013-05-18T18:13:00.002-07:002013-05-18T18:14:35.373-07:00Uma cultura da morte<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Dr. José ORLANDIS
(1918-2010)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: navy;"><i>Reproduzimos um excerto do excelente artigo do jurista e
sacerdote espanhol José Orlandis intitulado </i>“Hacia uma nueva modernidad
cristiana”<i>, publicado originariamente na revista Verbo, de Madri (n. 273-274,
março-abril de 1989, pp. 536-555), e que segue de grande atualidade. <o:p></o:p></i></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhamq2dCxR9fTqHX39praXB21AZo4wzf4ps9d9duOOf1A5FaPHe53afOsqto8fsEBvY8y7k7g5cR6tpXtedY_T7C4dTeZUKpKLuHiMAX7twvFF34McpTN001p34x88Pt2gRvkL4bidW_TI/s1600/Rotativo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhamq2dCxR9fTqHX39praXB21AZo4wzf4ps9d9duOOf1A5FaPHe53afOsqto8fsEBvY8y7k7g5cR6tpXtedY_T7C4dTeZUKpKLuHiMAX7twvFF34McpTN001p34x88Pt2gRvkL4bidW_TI/s400/Rotativo.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="color: navy;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="color: navy;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
A pressão secularizadora produziu em nosso tempo
conseqüências de desintegração, tanto na pessoa como na família.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
O matrimonio se apresenta hoje estranhamente frágil entre
aqueles que perderam o sentido cristão da vida e inclusive o respeito à alguns
princípios de ordem superior, expressão da lei divina natural. É um fenômeno de
patologia social essa espécie de contagio tão estendido nos últimos anos, que
provoca absurdamente – e inclusive por razões banais – a ruptura do vinculo
conjugal, que por instituição natural e divina é único e indissolúvel. E são
degradantes e claro sinal de retrocesso cultural, as uniões ou aparelhamentos
de homem e mulher – com formalidades cerimoniais ou sem elas – que desde o
principio carecem de um animo de permanência e fidelidade. A dessacralização da
instituição familiar – cuja expressão legal é o divórcio, o matrimonio civil,
ou a equiparação com o matrimonio das meras uniões de fato – constitui, ao fim
e ao cabo, um sinal de crise do amor, que não pode considerar-se progresso
senão involução. Esse amor em crise, deteriorado, se envileceu ao tornar-se
egoísta; se tornou mesquinho, pequeno, e incapaz, portanto, de afrontar as
provas e cansaços, os tédios ou mudanças de humor que, cedo ou tarde, é fácil
que apareçam na vida conjugal. Sobre um amor egoísta, que não é generoso nem
fecundo, não pode assentar-se a estabilidade e felicidade do matrimonio e da
família.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
O estigma da secularização sobre o individuo trouxe
consigo conseqüências de degradação da pessoa, que são particularmente agudas
em algumas das sociedades mais desenvolvidas do mundo contemporâneo. Estas
conseqüências poderiam resumir-se em uma só frase: a pretensão de “normalizar”
o que é em si mesmo perverso e aberrante. Não vale a pena estender-se demasiado
neste ponto. Basta evocar o grau de envilecimento a que chegou o mundo pagão da
antiguidade, que São Paulo descreve com traços impressionantes no primeiro
capitulo da Epistola aos romanos. Basta recordar aquele protótipo humano que
hoje se quer ressuscitar e que o apostolo, faz vinte séculos, denunciava
cruamente com o apelativo de “homem animal”. Mas nos vemos obrigado a fazer
ainda menção de alguns dos aspectos mais salientes que apresenta este processo
de decadência das sociedades modernas, que fez tabula rasa da Lei de Deus.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
É degradante e sinal de decadência de uma civilização a
pretensão de “normalizar” – inclusive no plano legal – as relações
homossexuais, como reivindicam certos “coletivos” – assim dizem agora – que
associam estas desditas pessoas. E é preciso proclamar aos quatro ventos que o
homem secularizado se encontra cada vez mais imerso em uma “cultura da morte”,
da que é autor, mas também vitima. A “cultura da morte” pode ter sua primeira
expressão moderna nos campos de concentração da segunda guerra mundial; mas há
que ter o valor de reconhecer que aquele foi apenas um ensaio, o primeiro
capitulo de uma dramática historia que o homem secularizado seguiu escrevendo
sem pausa nem propósito de emenda. Recorde-se igualmente que, faz só um par de
décadas, o aborto era considerado na Espanha [e no Brasil], de modo
praticamente unânime, como uma monstruosidade, e que hoje, em virtude dessa
“lavagem cerebral”, fruto da insistente propaganda de poderosos meios de
comunicação social, muitos o consideram já como coisa “de administração
ordinária”; e inclusive, quiçá admire, porque são apresentados como heróis e
heroínas, aqueles que, com sua violação das leis, quebraram o “tabu” e abriram
o caminho para a legalização das praticas abortivas.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
A “cultura da morte” começou a apresentar a eutanásia como
uma deslumbrante conquista que estão alcançando já, como “pioneiras”, as
sociedades mais avançadas e progressistas do mundo.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Não é possível tampouco silenciar que, ante os olhos do
homem secularizado, estão se abrindo horizontes insuspeitos dos extremos a que
pode conduzir a manipulação antinatural da vida e que hoje estão ao alcance das
possibilidades técnicas da engenharia genética. No melhor dos casos – como
escreveu com bom senso J. Visser – é uma ironia, em um tempo em que se praticam
milhares de abortos, realizar “tantos e tantos gastos e esforços desnaturais
para procriar uma vida humana artificial que, por muito que seja desejada por
um determinado casal, apenas pode chamar-se fruto de seu amor”. Em sua
inspiração mais profunda, a pretensão ultima da engenharia genética pudera ser
a criação de um homem – ou de um híbrido de homem e animal -, que já não é a
imagem e semelhança de Deus: a fabricação de um monstro animado, pura criatura
do homem. <o:p></o:p></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-3271207782341308992013-05-18T18:08:00.001-07:002013-05-18T18:08:45.547-07:00 Família e Direito Natural<br />
<div class="WordSection1">
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
João PAULO II<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX7UlC_rfhQ-JoEbNT3I9RDrrczUbzMzlwhXoz04FjSXoL2BAzWMc6zy7jr1McdsMeEKYTvrj6k8AfvJWw-pe9NbcQ1VP4Qez2JB4GdrCRUsu-2TzuwdkTs1twhhpCr3rkhqNWEO3_OE0/s1600/familia+catolica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX7UlC_rfhQ-JoEbNT3I9RDrrczUbzMzlwhXoz04FjSXoL2BAzWMc6zy7jr1McdsMeEKYTvrj6k8AfvJWw-pe9NbcQ1VP4Qez2JB4GdrCRUsu-2TzuwdkTs1twhhpCr3rkhqNWEO3_OE0/s400/familia+catolica.jpg" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b> </b>A família é a célula primaria da sociedade. Está assentada
na sólida base do direito natural, que une todos os homens e todas as culturas.
Urge tomar consciência deste aspecto que me proponho seguir tratando nos
próximos domingos. Com efeito, com freqüência se interpreta equivocadamente a
insistência da Igreja na ética do matrimonio e da família, como se a comunidade
cristã quisesse impor a toda sociedade uma perspectiva de fé valida somente
para os crentes. Isto se tem visto, por exemplo, em algumas reações ao
desacordo que manifestei abertamente, quando o Parlamento europeu pretendeu
legitimar um novo tipo de família, caracterizada pela união de pessoas
homossexuais.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
Na realidade o matrimonio, como união estável de um homem
e de uma mulher que se comprometem a entregar-se reciprocamente e se abrem à
geração da vida, não é só um valor cristão, senão também um valor originário da
criação. Perder esta verdade não só é um problema para os crentes, senão também
um perigo para toda a humanidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
Hoje, por desgraça, se difunde um relativismo que leva a
duvida inclusive da existência de uma verdade objetiva. Escuta-se o eco da
conhecida pergunta que Pilatos fez a Jesus: “Que coisa é a verdade?” (João
18,38). A partir deste ceticismo, se chega a uma falsa concepção da liberdade,
que pretende eximir-se de todo limite ético e reformular, segundo o seu
arbítrio, os dados mais evidentes da natureza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
Certamente, o homem descobre sempre a verdade de modo
limitado, e pode definir-se como peregrino da verdade. Mas isto é muito
diferente do relativismo e do ceticismo. Com efeito, a experiência mostra que
nossa mente, ainda que esteja ofuscada e debilitada por muitos
condicionamentos, é capaz de captar a verdade das coisas, pelo menos quando se
trata dos valores fundamentais que tornam possível a existência dos indivíduos
e da sociedade. Ditos valores se impõe à consciência de cada um e são um
patrimônio comum da humanidade. Não se apela a este patrimônio comum quando condena
os crimes contra humanidade, ainda quando estejam respaldados por algum
legislador? Na realidade, a lei natural, precisamente por que Deus a esculpiu
no coração, é anterior a qualquer lei promulgada pelos homens e é a medida de
sua validade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
João Paulo II, Meditación
mañana el domingo 19 de junio, <i>L'Osservatore Romano, </i>edición semanal en
lengua española, año XXVI, núm. 25 (1.330), 24 de junio de 1994.<o:p></o:p></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-29583282446630857602013-05-18T18:04:00.000-07:002013-05-18T18:04:48.957-07:00Palavras para o nosso tempo:<br />
<div class="WordSection1">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Tremendo mistério, e nunca assaz meditado: Que a salvação de muitos
depende das orações e dos sacrifícios voluntários, feitos com esta intenção,
pelos membros do corpo místico de Jesus Cristo, e da colaboração que pastores e
fiéis, sobretudo os pais e mães de família, devem prestar ao divino Salvador”. </i>Pio XII, <i>Encílica Mystici Corporis Christi.</i> n. 43. 29/07/1943.</div>
</div>
<div class="WordSection2">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Se o Senhor não protege a cidade, inútil a vigilância da sentinela”</i>
(Salmo 126/2)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Sede sóbrios e vigiai, porque o demônio, vosso adversário, como um
leão que ruge, anda ao redor, procurando a quem devorar”</i> (Pedro, I, cap.
V, v. 8).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p> </o:p><i>"A diminuição do sendo do pecado é um sinal do esquecimento do
Evangelho da Graça, que nos faz pensar que nos podemos salvar por nós mesmos e
não precisamos muito do perdão. Se a mediação de Cristo é só extrínseca e não
recriadora da natureza humana ferida pelo pecado, a mediação instrumental da
Igreja pode parecer supérflua”. </i>Pe. Petru Gherguel, Revista 30
dias, edição brasileira, ns. 09-10, outubro-novembro de 1990.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p> </o:p><i>“O primeiro dano que o homem sofre em conseqüência do pecado é a
desordem do entendimento; o segundo é incidir na pena correspondente”. </i>Santo Tomás de Aquino, Suma
Contra os Gentios, Livro IV, Cap. <span lang="EN-US">LXXII, BAC, Vol. II, p. 863.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Deus é misericordioso com os que os seguem; brandamente justiceiro com
os que o ignoram; desapiedado com o que, conhecendo-o o desprezam. Por isso,
colocou nas nações católicas – que os seguem – os tabernáculos de sua glória.
Por isso, condenou as nações pagãs – que o ignoram – à sua vária fortuna. Por
isso, reserva o socialismo, a maior das catástrofes sociais, para as nações
apostatas – que o desprezam”. </i>Juan Donoso Cortés. Carta a Maria
Cristina, Obras completas, BAC, II, 1976, p. 600.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Há vitórias que são começos de maiores derrotas! Basta atentar-se que
a França consentiu, incautamente, que sua população global de 1935/38
desmoronasse de quase três pessoas por hora. Desnatalidade – é o abismo social
das nações. Precisamos combater, cerradamente, na escola, no lar, na sociedade,
este preconceito errôneo e funesto de que viver é gozar. Acima do prazer, está
o código dever; acima do gozo, está a dignidade da honra; acima das sensações
prazerosas, estão os imperativos da consciência reta; fora do hedonismo, estão
o dever conjugal, o direito dos filhos, o interesse nacional. Lutemos contra
mais este entorpecente social, que é o inimigo da família e da pátria”. </i> Marechal Petain, citado por Frei
Mansueto em sua obra Pio XII, Petrópolis: vozes, p. 245.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Esse mudo pós-moderno sem sentido é o resultado da moderna afirmação
da morte de Deus, o que é dizer: nenhuma autoridade pode criar a verdade e o
bem, nenhuma autoridade pode ensinar fins à inteligência e à vontade. Assim, a
morte pós-moderna de todas as verdades é um conseqüente da moderna morte de
Deus: ‘... hoje, a afirmação da morte da verdade imutável (que é a configuração
radical da ‘morte de Deus’) tornou-se, ainda no campo filosófico, um lugar
comum, um dogma’[Emanuele Severino]”. </i>Desembargador Ricardo Henry Marques
Dip. Segurança jurídica e crise pós-moderna, Quartier Latin, 1912, p. 137.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Se agora não são tão freqüentes as aparições do demônio como
antigamente, deve-se ao fato de ter crescido tanto a perversidade humana que já
não necessita o inimigo de tão extraordinários meios para vencer-nos”. </i>Martin del Rio, citado pelo
Desembargador Ítalo Galli, Os direitos da moral, São Paulo, 1992, p. 64.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" /></span>
<div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<i>“Tomemos como nossa auxiliadora e intercessora a Virgem
Maria, Mãe de Deus, para que ela, que desde o momento de sua concepção derrotou
Satanás possa mostrar seu poder sobre estas seitas malignas, nas quais revive o
contumaz espírito do demônio, juntamente com sua perfídia insubmissa e
enganosa. Imploremos a Miguel, o príncipe dos anjos celestes, que lançou fora o
infernal inimigo; e José, o esposo da santíssima Virgem, e patrono celeste da
Igreja Católica; e os grandes Apóstolos, Pedro e Paulo, os pais e campeões
vitoriosos da fé Cristã. Por seu patrocínio, e pela perseverança na união de
oração, Nós esperamos que Deus irá misericordiosamente e oportunamente socorrer
o gênero humano, que é rodeado por tantos perigos”.</i> Leão XIII, Encíclica <i>Humanum Genu</i>s, n. 37, abril de 1884.</div>
</div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-79521360077891047362013-05-18T17:52:00.000-07:002013-05-18T17:52:48.876-07:00Eu sou a Imaculada Conceição<br />
<div style="line-height: 14.25pt; text-align: justify;">
<i><span style="color: navy;">Excertos da Bula "INEFFABILIS DEUS", do Papa Pio IX, que proclamou o Dogma da Imaculada
Conceição, dado em Roma, em 8 de dezembro de 1854.<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="line-height: 14.25pt; text-align: justify;">
<i><span style="color: navy;"><br /></span></i></div>
<div style="line-height: 14.25pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="WordSection1">
<div style="line-height: 14.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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o:title="concepcion1576"/>
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</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]-->43.
A nossa boca está cheia de alegria e os Nossos lábios de exultação, e damos e
daremos sempre as mais humildes e as mais vivas ações de graças a Nosso Senhor
Jesus Cristo, por nos haver concedido a graça singular de podermos, embora
imerecedor, oferecer e decretar esta honra, esta glória e este louvor à sua
Santíssima Mãe. E depois reafirmamos a Nossa mais confiante esperança na
beatíssima Virgem, que, toda bela e imaculada, esmagou a cabeça venenosa da
crudelíssima serpente, e trouxe a salvação ao mundo; naquela que é glória dos
Profetas e dos Apóstolos, honra dos Mártires, alegria e coroa de todos os
Santos; seguríssimo refúgio e fidelíssimo auxilio de todos os que estão em
perigo; poderosíssima mediadora e reconciliadora de todo o mundo junto a seu
Filho Unigênito; fulgidíssima beleza e ornamento da Igreja, e sua solidíssima
defesa. Reafirmamos a Nossa esperança naquela que sempre destruiu todas as
heresias, salvou os povos fiéis de gravíssimos males de todo gênero, e a Nós
mesmos tem livrado de tantos perigos que nos ameaçam. Confiamos que ela queira,
com a sua eficacíssima proteção, fazer com que a nossa Santa Madre Igreja
Católica, superando todas as dificuldades e desbaratando todos os erros,
prospere e floresça cada dia mais no meio de todos os povos e em todos os
lugares, "do mar ao mar, e do rio até aos confins da terra", e tenha
paz, tranqüilidade e liberdade completa; que os culpados alcancem o perdão, os
doentes a saúde, os tímidos a força, os aflitos a consolação, os periclitantes
o auxílio; que todos os errantes, dissipada a névoa da sua mente, voltem ao
caminho da verdade e da justiça, e haja um só aprisco sob um só Pastor.<o:p></o:p></div>
</div>
<div style="line-height: 14.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="line-height: 14.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
44.
Escutem as Nossas palavras todos os caríssimos filhos Nossos e da Igreja
Católica, e com sempre mais ardente fervor de devoção, de piedade e de amor
continuem a venerar, a invocar, a suplicar a beatíssima Virgem Maria Mãe de
Deus, concebida sem o pecado original, e com toda confiança recorram a esta
dulcíssima Mãe de misericórdia e de graça, em todos os perigos, em todas as
angústias, em todas as necessidades, em todas as dúvidas e em todas as
apreensões. De feito, não pode haver lugar para temor ou para desespero quando
ela é a nossa condutora e a nossa protetora, quando ela nos é propícia e nos
protege; pois que ela tem para conosco um coração materno, e, enquanto trata os
negócios que dizem respeito à salvação de cada um de nós, é solícita de todo o
gênero humano. Constituída por Deus Rainha do céu e da terra, e exaltada acima
de todos os coros dos Anjos e de todas as ordens dos Santos, ela está à direita
de seu Filho Unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, e com as suas poderosíssimas
preces de Mãe suplica; acha o que procura, e não pode ficar frustrada.<o:p></o:p></div>
</div>
<div style="line-height: 14.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="line-height: 14.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
45.
Enfim, para que esta Nossa definição da Imaculada Conceição da beatíssima
Virgem Maria possa ser levada ao conhecimento da Igreja universal,
estabelecemos que, como perpétua lembrança dessa definição, fique esta Nossa
Carta Apostólica, e ordenamos que às suas transcrições ou cópias, mesmo
impressas, contanto que subscritas por mão de algum tabelião público e munidas
do selo de algum dignitário eclesiástico, se preste absolutamente a mesma fé
que prestaria à presente, se fosse exibida ou mostrada.<o:p></o:p></div>
</div>
<div style="line-height: 14.25pt;">
<div style="text-align: justify;">
Ninguém,
portanto, se permita infringir este texto da Nossa declaração, proclamação e
definição, nem contrariá-lo e contravir-lhe. E, se alguém tivesse a ousadia de
tentá-lo, saiba que incorre na indignação de Deus onipotente e dos
bem-aventurados Pedro e Paulo, seus apóstolos.<o:p></o:p></div>
</div>
<div style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgQjKwQ93dCoFFqwEX7Us-eEZa_zLSn2PtZjlKzrWSMhxHQgt89YXbrf1TbJXGwkQ3b1VX1Vh0RFuMkdevjYjHS7P_m9PlMG94igw75qsNX-iap93Vbuz3edbw8w1R-FpF-uEZyuWsXGQ/s1600/concepcion1576.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgQjKwQ93dCoFFqwEX7Us-eEZa_zLSn2PtZjlKzrWSMhxHQgt89YXbrf1TbJXGwkQ3b1VX1Vh0RFuMkdevjYjHS7P_m9PlMG94igw75qsNX-iap93Vbuz3edbw8w1R-FpF-uEZyuWsXGQ/s640/concepcion1576.jpg" width="472" /></a></div>
<div style="line-height: 14.25pt;">
<br /></div>
</div>
<b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" /></span></i></b>Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-46618491699224065402013-05-18T17:47:00.001-07:002013-05-18T17:47:32.163-07:00Lições de Gustave Thibon<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Porque sou Cristão?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porque tenho fome de um Deus que
não seja nem pura treva, nem eu mesmo, de um Ser que, embora intimamente
parecido comigo, seja também tudo o que me falta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porque neste mundo quero abençoar
tudo, sem nada divinizar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porque quero conservar ao mesmo
tempo o olhar claro e o coração em chama.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porque sinto que a aventura
humana se dirige a algo diferente e melhor do que um desespero sem conteúdo, do
que uma interrogação sem resposta, do que uma inércia vazia de sentido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porque quero conciliar a
imensidade de amor que há em mim, com o desencanto tantas vezes provocado pela
presença do homem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porque preciso de luz no
mistério, e de mistério, na luz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porque quero ter, não só a força
de construir e de viver, mas também a outra, que a transcende, de esperar, mesmo
no desmoronamento e na morte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, se espero tudo, se creio
tudo, como diz São Paulo, será apenas para tornar a vida mais suportável e para
ser consolado? Sim. Também destas pequeninas necessidades pessoais se trata,
quando nos sentimos ligados a todo o universo, responsáveis por todo o
universo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na verdade, é a minha paixão do
mundo que me faz cristão. É o meu respeito e a minha gratidão para com este
destino que me sustenta e que se não identifica comigo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não me amo bastante, para
escolher no céu um Deus conforme os meus desejos, mas amo bastante a vida, para
não a julgar infinitamente bela, plena e justa, para não a confundir
radicalmente com o Deus dos cristãos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É como se vê, a transposição da
aposta pascaliana, do sujeito para o objeto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: "A escada de
Jacob", Editorial Aster, Colecção Éfeso<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">Fundamento vital da liberdade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Paradoxo curioso: quanto mais
enfadonhos e vazios são os "prazeres" que obtemos do pecado (e penso
aqui de modo especial na luxúria), menos sabemos resistir às nossas paixões;
quanto mais no desilude o nosso ídolo, mais fatal é a nossa escravidão. Mas
isso só aparentemente é para admirar. O homem de prazeres mortos é demasiado
pobre para ser livre. A sua vontade já não encontra, nos recursos amortecidos
da sua vitalidade, o ponto de apoio, o tensor material indispensáveis para o
seu exercício. A mesma ausência de tonalidade afetiva que faz incolores os seus
prazeres, torna irresistíveis os seus impulsos. Aquele que julga pecar
"fatalmente" (excetuo certos casos, hoje raríssimos de êxtase
sexual), peca por ninharias. Um pecado verdadeiramente saboroso só pode ser um
pecado profundamente escolhido. Este esfacelamento progressivo da
voluptuosidade e da liberdade é, porém, a consequência normal da mecanização da
humanidade. Também uma máquina é tão incapaz de escolher os seus movimentos
como de neles experimentar prazer...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: “O pão de cada dia”,
Editorial Aster, Colecção Éfeso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLYrTqseRPO3CBcLkIGADH5J9X_lPkQ_rh8I0Vix2ZNGLROG8Zj34iUaG4tmiqNaB_zkYeCR3W-pur4hVcpL0shiWJOfQ1vcJCv8YsJgCpx8-N80Go74rgAj4HbVlFyGYBdI0aPXkJ44w/s1600/thibon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLYrTqseRPO3CBcLkIGADH5J9X_lPkQ_rh8I0Vix2ZNGLROG8Zj34iUaG4tmiqNaB_zkYeCR3W-pur4hVcpL0shiWJOfQ1vcJCv8YsJgCpx8-N80Go74rgAj4HbVlFyGYBdI0aPXkJ44w/s320/thibon.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Somos a Associação Cristo Rei de Cultura e Civismo.http://www.blogger.com/profile/07685858223606142517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2722470068452021985.post-51787059789601715272013-05-18T16:50:00.000-07:002013-05-18T17:13:17.915-07:00DECLARAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO CRISTO REI DE CULTURA E CIVISMO SOBRE O PROJETO DE CÓDIGO PENAL EM RELAÇÃO AO DIREITO À VIDA.<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: center; text-autospace: none;">
<br />
<div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 198.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<i><span style="font-size: 10.0pt;">“A garantia do direito à vida reclama o concurso da
estatuição penal. Por imperativo abstrato da justiça. Por exigência concreta de
defesa dos homens e da sociedade. ‘Porque a vida, disse-o Rodriguez Devesa, não
é apenas o suporte biológico de uma existência individual, mas o suposto
primeiro de subsistência da espécie humana’”. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 198.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 198.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Ricardo Henry MARQUES
DIP<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 198.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<i><span style="font-size: 10.0pt;">“Quais são os critérios para julgar e avaliar a ‘dignidade’
e a ‘aceitabilidade’ de uma vida? A saúde? O bem-estar social ou econômico? A
aceitação pela própria família, pela sociedade ou pelo vivente mesmo? Quem
decidirá a avaliação e a aplicação desses critérios? Quem tem poder para
decidir a vida ou a morte?”. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 198.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 198.0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 10.0pt;">María del Carmen
Fernández de la CIGOÑA CANTERO<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div>
<br /></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal">
I<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“O mundo moderno é prostibular
porque tornou negociáveis certos valores que o mundo antigo e o mundo cristão
consideravam como não negociáveis”, </i>disse
certa feita Charles PÉGUY, célebre escritor e herói francês. Mais recentemente,
Bento XVI, recebendo parlamentares do Partido Popular Europeu, ressaltou de
forma inequívoca que a promoção da dignidade da pessoa humana, nomeadamente a
proteção da vida da estrutura natural da família, constitui <i>“princípios não
negociáveis”,</i> acrescentando que esses princípios fundamentais, requerem um
consenso geral: <i>“- a proteção da vida em todas as suas fases, do primeiro
momento da concepção até o seu termo natural; - o reconhecimento e a proteção
da estrutura natural da família (união entre um homem e uma mulher, tendo como
base o matrimonio), defendendo-se das tentativas de tornar equivalentes formas
radicalmente diferentes de uniões que na prática contribuem para desestabilizar
a família, obscurecendo a sua insubstituível função social; - a proteção do
direito dos pais a educar os filhos”.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
II<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por isso, causam-nos apreensão os maus presságios que pesam sobre a
nação brasileira com a edição do <i>Projeto de Lei de Código Penal</i> (PLS –
Projeto de Lei do Senado n. 236 de 2012), cujo anteprojeto
foi elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo ministro do STJ
Gilson Dipp, oriundo do
Requerimento n. 756/2001, apresentado pelo Senador Pedro Taques.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O malsinado PLS, <i>entre outros desvarios que fogem aos limites da
presente declaração,</i> opera uma radical alteração da natureza lesiva do
crime de aborto, uma injustificável diminuição da proteção da vida humana no
crime de infanticídio e despenalização da prática homicida da eutanásia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No corpo de normas do supradito Projeto de Lei “<i>o crime de aborto
está praticamente abolido, restando apenas a hipótese de não consentimento da
gestante, efetivamente passível de punição; o crime de homicídio doloso através
da eutanásia livrou-se da sanção penal sob a rubrica antinômica da piedade e o
de infanticídio perdeu sua importância e gravidade ao ponto de se transformar
em uma banalidade, como a simples suspensão do processo”, </i>como assinala o
eminente Procurador de Justiça do Estado de Santa Catarina, Gilberto Callado
OLIVEIRA<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-style: italic; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
Como se denota da
leitura do Projeto de Lei referente às matérias acima descritas, os integrantes
da Comissão responsável por sua elaboração olvidaram que a vida humana é um
valor da pessoa, um bem que forma parte necessária de toda pessoa concreta
junto a outros bens. É um valor ou bem igual para toda pessoa, não <i>instrumentalizável</i>
e <i>fundamental</i>. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com efeito, conforme faz notar
Ramón MACIÁ MANSO, Catedrático de Filosofia do Direito da Universidade de
Oviedo, “<i>a vida deve ser </i>respeitada e
preservada<i> porque é um bem necessário sem
o qual deixaria de ser pessoa. </i>Os atos de respeito e de preservação da vida
humana não só são bons<i> senão também de
necessária posição – ação – no uso racional da liberdade, por isso devem ser
realizados. </i>Os atos de aniquilação e de destruição da vida humana, não só
são maus<i> senão de necessária omissão, não
podem ser admitidos no uso racional da liberdade, por isso devem ser evitados.
Há atos objetivamente bons e </i>que<i> </i>devem
realizar-se por sua especial bondade<i> e atos
objetivamente maus</i>, que devem ser evitados por sua especial maldade<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>”.<i><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
Daí que – insiste o mesmo autor - <i>“não existe nenhuma vontade individual nem coletiva, nem tampouco poder
humano algum capaz de fazer que o ato de matar outra pessoa ou a si mesmo deixe
de ser mal e não deva ser evitado. Tampouco existe poder nem vontade humana
alguma capaz de fazer, por seu simples querer e decisão, que o ato de matar uma
pessoa se transforme de mal em bom e de proibido em preceituado ou simplesmente
permitido. Nem a decisão de uma pessoa nem o acordo de uma assembleia pode,
pelos simples querer individual ou coletivo, anular nem transformar a bondade
ou maldade objetivas dos atos nem, conseguintemente, tampouco, intervir nem
modificar, de modo algum, o sentido do preceito ou proibição”.<o:p></o:p></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A norma moral impõe o dever de
respeitar e preservar a vida humana, toda vida humana sem exceções, desde o seu
início até o seu termo natural. Diz-se amiúde, que o problema de saber qual o
momento exato em que a vida se inicia, e mais concretamente, saber se o
concebido e não nascido tem uma vida nova diferente da mãe e quando está
começa, é um problema que só a ciência corresponde resolver.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Destarte, como acentua agudamente
o jurista lusitano Mário BIGOTTE CHORÃO: <i>“o
saber científico atesta, segundo opinião amplamente sufragada e muito
autorizada, que, com a fusão dos gametas, se inicia a vida de um novo organismo
biológico, um indivíduo da espécie humana, autônomo e com identidade genética
própria. Essa conclusão não parece prejudicada pela situação desse organismo na
fase anterior à nidação (designada, por vezes, ambiguamente,
‘pré-embrionária’), nem pela hipótese gemelar monozigótica. Por sua vez, a
reflexão apoiada na filosofia da natureza e na metafísica permite considerar –
conforme a melhor doutrina – que o ser humano embrionário é uma pessoa, ou
seja: ‘rationalis naturae individua substantia’ (Boécio); ‘individuum
rationalis naturae’ ou ‘subsistens in natura rationali vel intellectuali’
(Tomás de Aquino); uma unidade substancial corpóreo-espiritual. </i><i>Em suma, no momento auroral da
fecundação, não é uma coisa, mas alguém – um ser pessoal –, que surge na terra
dos vivos<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></b></span></span></a>”.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
III<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
O menoscabo dos
membros da Comissão pela vida da pessoa humana, considerada como um <i>valor</i>
ou <i>bem fundamental</i> e que deve, portanto, se protegida pela lei positiva,
não decorre ao que nos parece, apenas do desconhecimento da lei natural, senão,
também, de um acentuado laicismo que visa o total rechaço de Deus e de sua
divina lei da coisa pública e, por conseguinte, do direito. “<i>Das leis, e de
toda a vida oficial, toda inspiração e ideia religiosa é sistematicamente
banida, quando não diretamente atacada<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span style="color: blue;">[6]</span></span></b></span><!--[endif]--></span></a>”,</i><i><span style="font-size: 14pt;"> </span></i>advertiu com pesar Leão XIII, de venerável memória.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
O escárnio para
com o sagrado fica evidente quando se observa na segunda parte do relatório
final do Anteprojeto, que trata dos modos da codificação, a seguinte citação
inicial do vetusto filósofo e jurista sergipano Tobias BARRETO sobre a origem
do direito: <i>“O direito não é filho do céu. É um produto cultural e histórico
da evolução humana”.</i> <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
Para confrontar o pensamento do incrédulo jurista, que
para nossa tristeza é o pensamento de muitos juristas e políticos de nosso
tempo, pensamento este que subjaz no bojo do Projeto de Código Penal, calha
trazer à colação por sua singular atualidade as palavras do ilustre professor
Frederick Daniel WILHELMSEN, catedrático de Filosofia e Política da
Universidade de Dallas: “<i>Um direito que
não é estimulado e penetrado, ‘animado’ pelo direito natural, ou é ‘direito morto’
ou é ‘lei bestial’. Este direito bestial se baseia em um humanismo segundo o
qual o homem não depende de Deus, senão da sociedade, sendo puramente membro de
um rebanho. Mas de um tal humanismo para o bestialismo é um passo<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>”.<o:p></o:p></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
IV<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Recentemente, com pesar foi
noticiado que <i>“o Conselho Federal de
Medina (CFM) decidiu romper o silêncio e defender a liberação do aborto até a
12ª semana de gestação. O colegiado vai enviar à comissão do Senado que cuida
da reforma do Código Penal um documento sugerindo que a interrupção da gravidez
até o terceiro mês seja permitida, a exemplo do que já ocorre nos casos de
risco à saúde da gestante ou quando a gravidez é resultante de estupro”.</i>
(Ligia Fromenti, “CFM vai apoiar o direito de a mulher abortar até a 12ª semana
de gestação”, O Estado de São Paulo, 21/03/2013).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O tema é atual: em 2007, uma
sessão da <i>Anistia Internacional</i> havia
proposto para seu próximo congresso proclamar o aborto como direito humano da
mulher e também <i>propor a reforma do
juramento de Hipocrates, prestado durante séculos e séculos pelos médicos</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Margherita De Bac, “II
Giuramento di Ippocrate? Vecchio, vieta l’aborto”, Corriere della Sera, Milano,
9/12/2007).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em sua dissertação nas <i>Primeiras
Jornadas de Deontologia, Direito e Medicina</i>, patrocinado pelo Colégio
Oficial de Médicos de Madri, o veterano e infatigável lutador em prol do
direito à vida, Dr. Antonio de SOROA PÍNEDA, em sua conferência intitulada <i>“Direito à vida na Espanha e países
americanos”,</i> já no longínquo ano de 1976 vaticinava com notória lucidez: <i>“Não estamos diante de um problema
confessional, racial ou médico, senão de um movimento de escala internacional
que, baseado em um tão refinado como miserável materialismo, alcançou
autenticas dimensões de ‘massacre’, pretensamente justificados com a ideia de
uma vida mais tranquila para os sobreviventes. Em tal corrente está se
envolvendo a ciência médica, cujo fim substancial é preservar as vidas
humanas”.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao que acrescentava em tom de
denuncia que <i>“na América, poderosos líderes
em negócios macabros, com o instrumento das subvenções, fomentam desde o mais
primário nível escolar a dissociação entre o prazer e a fecundidade, por meio
do contraceptivo, da esterilização, do aborto e até o infanticídio, colaborando
em alguns casos os serviços de Segurança Social e altas organizações
internacionais: a ONU e dependentes dela, como a UNICEF, cujo fim seria, em
tese, proteger a infância”. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Daí que o catedrático de filosofia Rafael GAMBRA CIUDAD, no mesmo evento,
discorrendo sobre o tema <i>“Ética e metafísica”,
</i>com clareza meridiana fez ver que <i>“</i><i>Somente sobre a base de uma ética metafísica
</i>(e de uma lei natural) <i>poderá
sustentar-se uma deontologia e um código de honra profissionais, por mais que
para os não crentes no Fundamento Ultimo de tal Lei se transmita legendária – e
providencialmente – como o Juramento Hipocrático através de mais de dois
milênios de tradição cultural”.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
V<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É preciso incluir neste cenário
de horrores o decreto <cite><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-style: italic;">7037/2009 que aprovou o denominado PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS
HUMANOS-3, assinado pelo então </span></cite>presidente
Luiz Inácio LULA DA SILVA e seus ministros, entre eles, Dilma ROUSSEFF, ao
tempo, chefe da Casa Civil. Sua leitura repulsiva, já que se encontram ali
depravações e felonias de toda espécie, a ponto tal que pode ser considerado
como o <i>máster plano</i> da ofensiva
contra a vida reta e sã<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span style="color: blue;">[8]</span></span></span><!--[endif]--></span></a>.
Em uma de suas ações programáticas, revestidas do título de <i>“direitos das mulheres para o
estabelecimento das condições necessárias para sua plena cidadania”,</i> o
PNDH-3 propõe <i>“considerar o aborto tema
de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde”.</i> Daí a
ordem programática aos legisladores brasileiros para a descriminalização do
aborto: <i>“Recomenda-se ao Poder
Legislativo a adequação do Código Penal para a descriminalização do aborto”</i>
(Diretrizes 9 e 10).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando se começa a viver como se
Deus não existisse, as más ações, outrora reconhecidas como pecaminosas – isto
é, ofensivas à lei de Deus -, encontram quem as justifique, numa subversão à
ética tradicional e numa visão de mundo em que a atividade humana, deixando de
ser orientada para o divino e o eterno, dirige-se para os bens temporais - o
prazer, o dinheiro, o poder, a utilidade social – como se fossem valores
absolutos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nesse caso, conforme acentua o
preclaro e saudoso jurista José Pedro GALVÃO DE SOUSA, não há mais obrigação
moral, <i>e a obrigação jurídica fica
reduzida a uma imposição do poder público.</i> Bem o compreendeu o romancista
russo <i>Dostoievski</i> (1821-1881), ao
dizer, em trecho famoso de sua obra “<i>Os
irmãos Karamazov</i>”, que, <i>se Deus não
existe, tudo é permitido</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em suma, com a morte de Deus,
para usar a linguagem de hoje, tão cara à ideologia “<i>comuno-ateísta</i>” preconizada e defendida, embora se diga o
contrário, pelos subscritores do PNDH-3 e os membros da Comissão responsável
pela elaboração do Projeto de Código Penal, todos os valores e todas as normas
objetivas desaparecem. Ficamos para além de todos os valores e de toda a norma
objetiva. Os únicos valores e normas possíveis nessa hipótese ateísta são os
valores e normas puramente subjetivos e consequentemente relativos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
VI<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
Nesse contexto, assiste razão ao professor Francisco
CANALS VIDAL, insigne filósofo e membro da Pontifícia Academia de Santo Tomás
de Aquino de Roma quando afirma que<i> “nos
encontramos diante de ações políticas em luta contra a ideia de Deus e
trabalhando ativamente na ‘secularização’, no afastamento da vida humana de
toda orientação eterna e transcendente, na educação dos homens para a ‘morte de
Deus’ e autodeterminação de si mesmos<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>”.</i>
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sem embargo, como diz o Professor
Vladimiro Lamsdorff-GALAGANE, catedrático de Filosofia do Direito da
Universidade de Granada, <i>“a história no
ensina – mas nunca aprendemos suficientemente – que uma sociedade, para
subsistir, necessita de uma mínima moral social. Quiçá se viva mais comodamente
sem ela, mas se vive menos tempo, por isso, há que conservá-la<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>”.</i>
E descriminalizar o aborto nas circunstancias descritas no Art. 28 do Projeto
de Código Penal, eximir de pena a prática homicida da eutanásia e diminuir a
proteção da vida humana no crime de infanticídio, implica descer abaixo do
mínimo tolerável.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por derradeiro, não nos resta
senão fazer eco ao chamado do ilustre procurador de justiça Gilberto CALLADO DE
OLIVEIRA: <i>“é preciso, portanto, que os
legisladores brasileiros, que devem pronunciar-se sobre esse projeto de lei,
tenham bem presente que aprova-lo significará subverter não apenas os
princípios cristãos, mas a própria ordem vigente na natureza, expressa nos
princípios da Lei natural<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="color: blue; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>”.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Toledo,
15 de abril de 2013.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Djoni
Robison Deneka Henz Jean Bez
Fontana<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Presidente da Associação Cristo Rei Vice-presidente<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
Fernando Rodrigues Batista William
Fiorentin<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal">
1°
Secretário
2° Secretário<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do
Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é
verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que
transcende o direito positivo do qual este depende. Ou a razão do direito e da
justiça reside num princípio superior à vontade do legislador e decorrente da
própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social
dominante”.</i> José Pedro GALVÃO DE SOUSA<span style="color: blue;"><a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span><br />
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></span></span></a>
<div style="text-align: center;">
*****</div>
</div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo;
Acadêmico de honra da Real Academia de Jurisprudência e Legislação de Madri;
titular da cadeira n. 42 da Acadêmica Paulista de Direito: “Uma questão
biojurídica atual: a autorização judicial de aborto eugenésico – alvará para
matar”. <o:p></o:p></div>
</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> CIGOÑA
CANTERO. María del Carmen Fernández de la. “Bioética y tenocracia”, Verbo,
Madrid, ns. 315-316, 1993, p. 522<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
OLIVEIRA, Gilberto Callado. Projeto de Código Penal: “Código de morte” prestes
a desabar sobre a cabeça dos brasileiros, São Paulo: IPCO, 2013, p.11.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> MANSO, Ramón Maciá. “Las degeneraciones del poder
frente ao aborto”, Verbo, Madri, ns. 215-1216, maio-junho de 1983, p. 524. <o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> BIGOTTE CHORÃO, Mário Emílio Forte. “Bioética, pessoa
e direito: para uma recapitulação do estatuto do embrião humano”.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> Carta Encíclica <i>Dall’alto
dell’apostolico Seggio</i>, n. 04,15 de outubro de1890<i>.</i><i><span style="color: #663300; mso-bidi-font-weight: bold;"> </span></i><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> WILHELMSEN, Frederick
Daniel. “El Derecho Natural em el mundo anglo-sajón del siglo XX”, conferência
proferida nas “Primeiras Jornadas Hispânicas de Direito Natural” e inserida nas
<i>Actas</i> (<i>El Derecho Natural hispánico</i>, pp. 224-225). <o:p></o:p></div>
</div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Aborto
gratuito, equiparação das uniões homossexuais ao matrimonio, benefícios sociais
para prostitutas, mudança de sexo, identidades de gênero, esterilização,
anticoncepção; ali estão todas as lacras, em um marco promotor de espionagem,
da denuncia e perseguição de todos que se mostrem hostis com estas propostas.</span>. </div>
<div class="MsoFootnoteText">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> CANALS VIDAL. Francisco. “El ateísmo como soporte
ideológico de la democracia”, Verbo, Madrid, ns. 217-218, julho-agosto-setembro
de 1983, p. 900.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> LAMSDORFF-GALAGANE, Vladimiro. “El aborto ante la
filosofia tomista”. Verbo, Madri, ns. 131-132, janeiro-fevereiro de 1975, p.
72.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> OLIVEIRA, Gilberto Callado.
Projeto de Código Penal: “Código de morte” prestes a desabar sobre a cabeça dos
brasileiros, São Paulo: IPCO, 2013, p.123.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="file:///H:/ARTIGOS/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DA%20ASSOCIA%C3%87%C3%83O%20CRISTO%20REI.doc#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> GALVÃO DE SOUSA, José
Pedro. “Apresentação do temário”, in. Primeiras Jornadas Brasileiras de Direito
Natural: O Estado de Direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 190, pp. 6-7.</span>
<o:p></o:p></div>
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